Flamengo x Vitória pelo Brasileirão 2025 (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Na madrugada de sexta-feira (26 de setembro), após a classificação do Flamengo para as semifinais da Libertadores, jogadores do clube foram alvos de ataques racistas praticados por torcedores do Estudiantes, em La Plata, na Argentina. O episódio ocorreu nas imediações do Estádio Jorge Luis Hirschi, pouco depois da partida decisiva.
As ofensas foram registradas por Danilo Luiz, zagueiro do Flamengo, e publicadas em suas redes sociais. Nas imagens, é possível observar um grupo de homens fazendo gestos ofensivos e imitando sons de macaco em direção ao ônibus da delegação rubro-negra. O conteúdo foi amplamente compartilhado, gerando repercussão negativa entre torcedores e profissionais do futebol.
Danilo, que chegou ao clube carioca no início do ano após passagem pela Juventus, da Itália, repudiou publicamente a atitude dos torcedores argentinos. Em postagem nas redes, ele destacou o problema como uma questão social mais ampla.
“Infelizmente, o problema é maior do que achamos. Não é sobre o mundo do futebol, é sobre educação da sociedade, sobre seres humanos que não têm consciência de como viver nesse mundo”.
Além dos gestos discriminatórios, outro ônibus que transportava membros da comissão técnica do Flamengo foi alvo de vandalismo. O veículo teve uma janela danificada após ser atingido por pedras, mas ninguém ficou ferido. Apesar do clima hostil, a delegação retornou em segurança ao hotel após o confronto.
O Flamengo ainda não emitiu nota oficial sobre o episódio até o momento. A Conmebol, por sua vez, também segue em silêncio quanto a possíveis medidas disciplinares. O caso reacende discussões sobre a recorrência de atos racistas em jogos internacionais, especialmente envolvendo clubes brasileiros na Argentina.
Dentro de campo, o Rubro-Negro garantiu sua vaga na semifinal ao vencer o Estudiantes nos pênaltis, após derrota por 1 a 0 no tempo normal. O goleiro Rossi teve papel decisivo ao defender duas cobranças, assegurando a classificação do time carioca.
Danilo, natural de Bicas (MG), iniciou sua carreira no América-MG e ganhou destaque no Santos antes de atuar na Europa. Aos 33 anos, o defensor trouxe à tona não apenas um relato pessoal, mas uma denúncia com reflexos institucionais sobre o racismo nos estádios sul-americanos.
Por enquanto, o episódio evidencia que o problema transcende o futebol e envolve a necessidade de enfrentamento estrutural ao preconceito nos ambientes esportivos. A expectativa recai agora sobre as providências das entidades organizadoras e dos clubes envolvidos diante do ocorrido.
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