Leila Pereira e Bap na Conmebol (Foto: Conmebol)
As divergências entre Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, e Leila Pereira, mandatária do Palmeiras, escancararam o racha político dentro da Libra, bloco que reúne clubes da Série A e B para negociar direitos de transmissão de forma coletiva. O embate entre os dois dirigentes ganhou novos contornos com acusações públicas, ausência de diálogo e clima tenso em reuniões, como ocorreu recentemente na sede da Conmebol.
Apesar da tensão nos bastidores, ambos estiveram presentes na reunião promovida pela Conmebol com os semifinalistas da Libertadores, em Assunção. No encontro, segundo relatos, mantiveram postura protocolar, sem trocas de palavras ou gestos públicos de hostilidade. Ainda assim, o “climão” entre os dois não passou despercebido pelos demais presentes.
A origem do impasse reside nos critérios de divisão das cotas de transmissão, especialmente os parâmetros de audiência, cuja fórmula ainda é considerada incompleta pelo Flamengo. O clube defende que a definição depende de voto unânime e que o modelo atual favorece desproporcionalmente determinados participantes, como o próprio Palmeiras.
A principal crítica de Bap está relacionada à suposta predominância do Palmeiras nas decisões da Libra. Segundo ele, o Flamengo foi sistematicamente ignorado nas discussões sobre os critérios de divisão das receitas, o que culminou em uma liminar que bloqueou R$ 77 milhões destinados ao grupo. “Eles em momento nenhum quiseram discutir absolutamente nada”, afirmou o dirigente rubro-negro, alegando que o clube carioca foi forçado a buscar a Justiça após meses tentando uma conciliação.
Outro ponto levantado por Bap foi a atuação do advogado André Sica, representante da Libra, que teria vínculos históricos com o Palmeiras. O presidente do Flamengo criticou a imparcialidade da condução jurídica do bloco: “A Libra é verde. A Libra é toda verde. A Libra é palmeirense”.
De forma semelhante, Bap rechaçou as acusações de que o Flamengo teria se recusado a participar do Comitê de Integração com a Liga Forte. Segundo ele, a exclusão partiu de clubes como Palmeiras e São Paulo. “Você tem um ou dois clubes querendo mandar, e eles acham que o Flamengo vai ter um comportamento dócil”, declarou, reforçando que a intenção do clube é seguir na Libra, mas com regras mais transparentes e equilibradas.
Leila, por sua vez, reagiu de maneira contundente às críticas. Em declarações recentes, comparou a diretoria do Flamengo a “terraplanistas” e insinuou que o clube deveria jogar sozinho, caso não concordasse com as regras coletivas. O tom irônico da fala evidenciou o distanciamento entre os dois presidentes, que já tiveram boa relação anteriormente, segundo o próprio Bap. “A relação com a Leila é ótima quando você concorda com tudo que ela quer”, disse o presidente do Flamengo.
Em meio à disputa institucional, a Conmebol tenta manter o foco esportivo da reta final da Libertadores, ao passo que os dois clubes seguem na competição e podem se enfrentar na final marcada para o sábado (29 de novembro), em Lima. Enquanto isso, as tensões nos bastidores indicam que a disputa extrapola os gramados e se consolida como um dos principais capítulos da política do futebol brasileiro.
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