Escudo do Flamengo é exposto próximo a um dos gols, no gramado do Maracanã (Foto: Daniel Castelo Branco)
A possibilidade de venda do Maracanã reacendeu discussões sobre o futuro do principal estádio do futebol brasileiro. Embora parte da classe política veja no Flamengo um comprador natural, a operação, mesmo que concretizada, não ampliaria os poderes do clube sobre o equipamento esportivo.
Isso ocorre por causa dos rígidos mecanismos legais de proteção patrimonial que recaem sobre o complexo.
Desde 2000, o Maracanã é tombado em nível federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Dois anos depois, foi incluído também no rol de bens protegidos pelo município do Rio de Janeiro. Esse status impede qualquer alteração estrutural significativa sem aprovação expressa dos órgãos responsáveis.
A fachada, a marquise, o anel das arquibancadas e o volume arquitetônico original são intocáveis. Em nota ao MundoBola Flamengo, o Iphan reforçou que “a preservação e a manutenção do bem tombado continuam sendo responsabilidade de seu proprietário, independentemente de quem o detenha”.
Isso significa que, mesmo adquirindo o estádio, o Flamengo não teria liberdade para realizar reformas sem autorização prévia.
Além disso, o tombamento municipal estende-se a todo o complexo esportivo, incluindo o Maracanãzinho, o Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio Célio de Barros. Qualquer obra nesses espaços, mesmo que pontual, depende de análise da Gerência de Patrimônio Cultural da Prefeitura.
Em 2024, Flamengo e Fluminense foram notificados após o consórcio gestor transformar parte do Célio de Barros em estacionamento sem autorização prévia, o que evidencia a rigidez na aplicação das regras de preservação.
Mesmo que o Flamengo adquirisse o Maracanã por um valor próximo a R$ 2 bilhões, o controle sobre o estádio seguiria sob domínio indireto do poder público. O clube não poderia realizar modificações na marquise, reformular setores das arquibancadas ou redesenhar áreas externas sem aprovação técnica.
Na prática, a mudança de proprietário manteria os atuais limites de gestão. O “Maracanã do Flamengo” continuaria sendo tombado, fiscalizado por órgãos públicos e utilizado por outros clubes.
Diante dessas restrições, o projeto do estádio próprio no Gasômetro surge como alternativa mais viável e independente para o Flamengo. O plano prevê uma arena moderna com 72 mil lugares, investimento estimado em R$ 2,2 bilhões e entrega mínima prevista para 2036.
O terreno, localizado na região central do Rio de Janeiro, permite liberdade total de construção e operação, sem exigências legais de preservação histórica. Além disso, um acordo firmado em setembro garantiu a retirada da obrigação de conclusão em quatro anos, oferecendo maior segurança jurídica ao clube.
Com financiamento estruturado por FGV Conhecimento e RRA Consultoria, o estádio próprio representa um caminho mais seguro, do ponto de vista administrativo e urbanístico, em comparação com a aquisição do Maracanã.
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