Gonzalo Plata em atuação pelo Flamengo, no Maracanã - Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Noite decisiva para o torcedor rubro‑negro: o Flamengo recebe o Sport no Maracanã pela 31ª rodada do Brasileirão com promessa de casa cheia e chance de liderança provisória. Fora de campo, o clube vive dois capítulos paralelos: a negociação de renovação com Filipe Luís, técnico finalista da Libertadores, e a abertura de processo disciplinar na Conmebol contra Gonzalo Plata, que pode ampliar a suspensão após a semifinal contra o Racing.
Com cerca de 50 mil ingressos já vendidos e expectativa de 60 mil presentes, o Maracanã será o palco de um duelo de extremos na tabela: o Flamengo, vice-líder com 61 pontos e a um do Palmeiras, encara o lanterna Sport, que tem 17 pontos em 29 jogos. A bola rola às 21h (de Brasília), e uma vitória coloca o Rubro‑Negro carioca na ponta de forma provisória, já que o Palmeiras atua apenas no domingo contra o Juventude.
A preparação do Flamengo foi curta: dois dias de trabalho após a classificação para a final da Libertadores, com a última atividade realizada no Ninho do Urubu, na sexta-feira (31). Filipe Luís lida com baixas importantes: Pedro segue fora por fratura no antebraço e Everton Cebolinha trata lesão no quadril. Mesmo assim, a equipe chega embalada pelo momento e pelo respaldo da arquibancada.
No Sport, o cenário é de reconstrução em meio à pressão. Sem vencer há sete partidas e com apenas duas vitórias no campeonato, o clube pernambucano iniciou o planejamento para 2026. Após a saída de Daniel Paulista, o auxiliar fixo César Lucena assume interinamente e reencontra o Maracanã, onde o Leão não vence há 25 anos — um tabu que expõe a dimensão do desafio.
Os prováveis: Flamengo com Rossi; Emerson Royal, Léo Ortiz (ou Danilo), Léo Pereira e Ayrton Lucas; Pulgar, Allan, De La Cruz e Arrascaeta; Luiz Araújo e Bruno Henrique.
O Sport deve ir de Gabriel; Aderlan, Rafael Thyere, Ramon Menezes e Luan Cândido; Lucas Kal, Sérgio Oliveira e Pedro Augusto; Chrystian Barletta, Romarinho e Derik Lacerda.
A arbitragem será de Fernando Antonio Mendes de Salles Nascimento Filho (PA), assistido por Eduardo Gonçalves da Cruz (MS) e Márcio Gleidson Correia Dias (PA); no VAR, Rafael Traci (SC). Transmissão de SporTV e Premiere, às 21h.
Após eliminar o Racing e carimbar vaga em mais uma decisão continental, o Flamengo vive um momento de consolidação sob o comando de Filipe Luís, técnico há pouco mais de um ano e já dono de três títulos, incluindo a Copa do Brasil passada. A equipe disputa o topo do Brasileirão e se prepara para a final da Libertadores, cenário que valoriza o trabalho e amplia o debate sobre o futuro do treinador.
Contrato até o fim do ano, conversas iniciais e uma decisão: clube e treinador optaram por tratar da renovação apenas ao final da temporada. Aos 40 anos, Filipe tem Jorge Mendes à frente das negociações, que avançam de forma cautelosa por conta do fator financeiro — principal ponto a ser equalizado — e da modelagem do acordo, com o Flamengo estudando duas multas rescisórias (para dezembro e para a metade da próxima temporada europeia).
O técnico atrai olhares no mercado. O Atlético de Madrid acompanha o trabalho com bons olhos, pela história do profissional no clube. O Fenerbahçe chegou a fazer investida, mas Filipe não levou a proposta adiante para manter o foco na reta decisiva do ano. Apesar das conversas e sinalizações positivas à continuidade em 2026, não há confirmação oficial até aqui.
Dentro de campo, o Flamengo chega à quarta final de Libertadores em sete anos. Filipe esteve nas decisões de 2019 (título sobre o River), 2021 e 2022 — nas duas últimas, saiu por lesão — e agora terá a chance de comandar como técnico a revanche de 2021 contra o Palmeiras, marcada para 29 de novembro, em Lima, no Peru.
“O Flamengo tem cinco finais em sua história e tem jogadores desse elenco que vão para a quarta. E eu também (risos). Fico muito orgulhoso… Por sorte ou por mérito, estou fazendo parte do melhor momento da história do clube. E tenho que desfrutar”, disse Filipe sobre comandar a equipe numa final de Libertadores.
A Conmebol abriu processo disciplinar contra Gonzalo Plata após a expulsão no empate por 0 a 0 com o Racing, em Avellaneda, jogo que assegurou o Flamengo na final da Libertadores. O lance foi enquadrado pela entidade como violação ao artigo 14.1, alínea “c”, do Código Disciplinar, e a decisão em campo contou com apoio do VAR, chefiado por Juan Lara, com observações do assistente de vídeo Claudio Urrutia.
Segundo a súmula do árbitro chileno Piero Maza Gómez, a expulsão se deu por uma agressão quando a bola não estava em jogo. A partir da abertura do expediente, o atacante, que cumpriria suspensão automática na final, passa a correr o risco de punição ampliada, já que o dispositivo prevê gancho mínimo de duas partidas ou por período específico em casos de violência.
O Flamengo considera a punição excessiva e quer contestar a interpretação. O clube argumenta que há apenas um ângulo de vídeo disponível, insuficiente para comprovar o contato descrito na súmula, e informou ter acessado o documento na manhã de quinta-feira. Enquanto aguarda a definição do adversário, a diretoria trabalha para apresentar defesa e evitar a perda de um jogador às vésperas da decisão. Não há prazo estabelecido para julgamento.
O lance ocorreu no início do segundo tempo, após desentendimento entre Plata e Marcos Rojo: o zagueiro argentino puxou os cabelos do atacante rubro‑negro, que revidou em seguida. A arbitragem entendeu a ação de Plata como agressão e aplicou o vermelho direto, cenário que agora se desdobra no campo jurídico com impacto direto na final da Libertadores.
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