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Ídolo do Flamengo, Zico revela que quase desistiu do futebol

Profissionalizado pelo Flamengo em 1971, Zico iniciou sua trajetória no futebol com grande expectativa. Naquele período, destacou-se ao ser artilheiro e campeão do Torneio Pré-Olímpico Sul-Americano, o que alimentou sua esperança de representar o Brasil nas Olimpíadas de Munique, em 1972. Contudo, sua ausência na convocação feita por Vicente Feola acabou marcando profundamente o início de sua carreira.

A decepção pela exclusão do torneio olímpico quase encerrou precocemente a caminhada do jogador. Conforme relatado por ele mesmo, o sentimento de frustração foi tão intenso que chegou a considerar abandonar o futebol. “Cheguei em casa e falei para o meu pai que não queria mais jogar futebol, queria estudar”, revelou o ex-meia, durante entrevista ao programa Resenha, que será exibido nesta sexta-feira (07), às 22h (horário de Brasília), no Disney+.

Essa fase conturbada também teve impacto em sua relação com o Flamengo. No início de 1972, o treinador da equipe principal comunicou que não contaria com o jogador, o que o deixou sem treinar e sem atuar. Apenas em fevereiro daquele ano, Antoninho, então técnico da base, o reintegrou ao time. Ainda assim, mesmo com o retorno ao campo, Zico não foi convocado para os Jogos, aumentando sua sensação de rejeição. “Foi a única vez que pensei em parar de jogar”, admitiu o ex-atleta.

A experiência familiar teve influência decisiva nesse momento. Zico mencionou o caso do irmão que abandonou a carreira aos 26 anos por não confiar em um treinador. O episódio serviu de alerta e, ao mesmo tempo, de reflexo pessoal. “Vi meu irmão parar de jogar com 26 anos por causa de injustiça no futebol. Por não acreditar em um treinador, que era famoso”, contou o ex-jogador.

A reação do pai também foi um ponto marcante. Embora tenha respeitado a decisão inicial do filho, ficou abalado por vê-lo cogitar abandonar o futebol. “Meu pai também entendeu, mas ele ficou muito magoado, já que eu era o único filho que estava no Flamengo, e isso também me chateou”, completou Zico.

Apesar de todos os obstáculos, o camisa 10 conseguiu transformar a frustração em motivação. A ausência olímpica não impediu que ele se tornasse um dos maiores nomes do futebol brasileiro. Posteriormente, Zico disputou três Copas do Mundo (1978, 1982 e 1986), consolidando-se como peça central da seleção e ídolo incontestável da torcida rubro-negra.

Aliás, o próprio jogador reconhece que a superação desse momento foi fundamental para sua formação pessoal e profissional. Ao lembrar do episódio, demonstra que, apesar da dor, foi esse capítulo que fortaleceu sua determinação no esporte.

Redação

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