Durante evento em São Paulo, Ronaldo Fenômeno afirmou que a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) seria o melhor caminho para o Corinthians enfrentar seus desafios estruturais. O ex-jogador, que é ídolo do clube, ressaltou a importância de profissionalizar a gestão, mas negou qualquer intenção de participar financeiramente do processo.
A declaração foi dada na noite de quarta-feira (17), durante o lançamento da Casa Rede Ronaldo. Questionado sobre seu eventual interesse em comprar o clube, o ex-atacante foi direto:
“O melhor para o Corinthians é a criação de uma SAF, profissionalizar o futebol. Essa seria a mensagem principal quando digo que seria um comprador em potencial. Mas hoje a minha vontade é zero em estar dentro do futebol, muito menos investir com o meu dinheiro em uma aventura dentro do futebol”, respondeu.
Vínculo afetivo permanece
Apesar de afastar qualquer envolvimento com a gestão alvinegra, Ronaldo reafirmou seu carinho pelo clube que defendeu entre 2009 e 2011. O ex-jogador demonstrou torcida pelo sucesso institucional e esportivo da equipe:
“Logicamente vou estar sempre acompanhando o Corinthians com o maior carinho do mundo, afinal de contas sou corintiano e torço muito para que o Corinthians reencontre o lugar de sucesso, e onde tem que estar sempre, brigando por títulos”.
Isenção em clássico pessoal
Durante o mesmo evento, Ronaldo também foi questionado sobre o confronto entre Corinthians e Cruzeiro pela Copa do Brasil. Como ex-atleta com passagem marcante pelas duas equipes, preferiu não tomar partido.
“É uma boa. Vou torcer para os dois sempre. Nesses confrontos sempre fica muito difícil para mim. Não vou sair de cima do muro. Tenho carinho gigante pelo Corinthians, e também gigante pelo Cruzeiro. Que vença o melhor”, declarou.
Foco fora das quatro linhas
Além de tratar do tema SAF, Ronaldo se manifestou sobre seu atual distanciamento do futebol nacional. Ele reforçou que não deseja atuar como dirigente ou investidor, e, em tom descontraído, celebrou inclusive o fato de não ter assumido a presidência da CBF, algo cogitado anteriormente.
“Essa tentativa da CBF foi muito dura, mas graças a Deus que não deu certo. As coisas que estão acontecendo têm demonstrado que o certo era não ter entrado”.
Ao final do evento, o Fenômeno indicou que, embora continue próximo das discussões do futebol, sua atuação será pontual e desvinculada de cargos executivos ou negociações diretas no cenário brasileiro.