Nesta segunda-feira (29 de setembro), o Valencia apresentou uma ação contra a Netflix e a Conspiração Filmes por causa do documentário biográfico “Baila, Vini”, lançado em maio. O clube protocolou a queixa no Tribunal de Instrução Número 1 de Valência. Segundo o ‘Diário AS’ e o ‘Marca’, o caso teve movimentações na metade do ano e ganhou atualização nesta segunda-feira.
O clube afirma que legendas do filme alteram o conteúdo de cânticos registrados no Estádio de Mestalla e atingem a reputação do Valencia e de seus torcedores. Antes de ir à Justiça, a direção solicitou uma retificação formal. Segundo o Marca, Netflix e Conspiração Filmes não responderam. A ação pede a correção das legendas e a inclusão da sentença no próprio documentário. O clube também busca reparação financeira.
Os dirigentes sustentam que a obra cometeu um ataque à honra institucional. O pedido de indenização foi apresentado com a seguinte formulação: “intromissão no direito ao seu honor”.
A controvérsia central envolve a transcrição de um trecho exibido no documentário e gravado no Mestalla. Segundo o Valencia, no áudio original, os torcedores proferem um xingamento em espanhol, “tonto, tonto”, e não uma injúria racial.
De acordo com a denúncia, os subtítulos traduzem o canto como “mono, mono” (macaco, macaco). O atacante publicou as mesmas imagens com essa legenda em suas redes sociais desde aquela data. O clube alega que essa divergência prejudicou a imagem da instituição.
Como reação aos insultos naquele jogo de domingo (21 de maio de 2023), o Valencia identificou e baniu três torcedores de forma vitalícia. O Tribunal de Instrução Número 10 de Valência condenou os três a oito meses de prisão. A sentença proibiu a entrada deles em estádios por dois anos.