Na última segunda-feira (29), a Câmara Municipal de Milão, na Itália, aprovou a venda do San Siro e do entorno para Inter e Milan por 197 milhões de euros. A decisão encerrou anos de incerteza sobre o futuro de um dos palcos mais emblemáticos do futebol europeu.
A votação ocorreu após cerca de 12 horas de debate, com dezenas de emendas apresentadas por grupos contrários. No entanto, a conclusão do negócio tem prazo. As partes agora precisam formalizar a compra até 10 de novembro; se o estádio continuar público após essa data, a demolição não poderá ocorrer, como prevê a proposta.
Agora, as equipes tornam-se proprietários do estádio e de 28 hectares na zona oeste de Milão, área densamente habitada. Fundos de investimento dos Estados Unidos controlam ambos os clubes, fator que acelerou as negociações com o prefeito Giuseppe Sala.
Além disso, os dois gigantes haviam sinalizado que poderiam abandonar a cidade caso a venda não fosse aprovada. O plano do novo estádio prevê capacidade para 71.500 torcedores e investimento de 1,2 bilhão de euros.
Segundo o jornal local ‘Gazzetta dello Sport’, Inter e Milan seguirão atuando no Estádio San Siro durante as obras, previstas para começar em 2027. A nova arena ficará ao lado do Giuseppe Meazza, na área hoje usada como estacionamento.
Historicamente, a construção do estádio começou em 1925, e a inauguração ocorreu em 1926. O primeiro jogo foi o Derby della Madonnina, com a Internazionale vencendo o Milan por 6 a 3; desde 1947, os rivais dividem a arena.
Depois, o San Siro passou à propriedade da prefeitura, enquanto os clubes assumiram a administração, modelo semelhante ao do Maracanã no Rio de Janeiro. Abstenções de vereadores do Forza Italia permitiram a aprovação, enquanto Liga, Fratelli d’Italia e parte da base de Sala votaram contra a decisão.
