A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prepara a implementação de um sistema inédito de fair play financeiro, que poderá afetar diretamente Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Grêmio, Santos, São Paulo e Vasco.
Esses oito clubes registraram déficits superiores a R$ 20 milhões nos últimos três anos e, conforme os critérios previstos, já seriam alvos de sanções assim que as novas regras entrarem em vigor.
A divulgação oficial das diretrizes do fair play financeiro foi agendada para 26 de novembro, durante o Summit CBF Academy, que acontecerá em São Paulo. A informação foi anunciada pelo presidente da entidade, Samir Xaud, durante evento que tratou do calendário esportivo da próxima temporada.
Sanear dívidas e conter gastos
A proposta da CBF busca estabelecer limites para evitar que clubes gastem mais do que arrecadam. A entidade pretende aplicar sanções em casos de desrespeito às normas, a fim de preservar a competitividade e a integridade do futebol nacional.
“O que queremos é construir um ecossistema financeiro do futebol autossustentável, onde a gente sane as dívidas e tenha um futebol limpo, sem o doping financeiro. Só quem ganha com isso é o futebol brasileiro como um todo”, defendeu o presidente da CBF.
Medidas fazem parte de pacote de mudanças no futebol nacional
Além das regras financeiras, a CBF também confirmou o avanço dos estudos para implementação do impedimento semiautomático no futebol brasileiro a partir de 2026. A medida visa alinhar o país aos padrões internacionais de arbitragem, modernizando o uso da tecnologia nos jogos.
“Estamos finalizando os estudos para a implantação do impedimento semiautomático no futebol brasileiro já para 2026”, afirmou Samir Xaud.
A partir de novembro, com a apresentação oficial do novo modelo, a CBF dará início a um processo de fiscalização mais rígido sobre as finanças das equipes. A expectativa é que a medida traga maior equilíbrio ao cenário esportivo nacional e contribua para a estabilidade dos clubes no longo prazo.