A Fifa tem considerado seriamente alterar as regras da próxima edição do Mundial de Clubes, após a disputa inédita nos Estados Unidos. De acordo com o ‘The Times’, a entidade estuda ampliar para três o limite de times participantes por país em 2029.
A ideia busca evitar ausências de campeões nacionais, como os casos de Liverpool, Barcelona e Napoli, que ficaram fora em 2025. A exclusão decorreu do coeficiente da Uefa e das vagas aos últimos quatro campeões da Champions League.
Entende-se, porém, que apesar do sucesso com a competição, as ausências de grandes nomes também impactaram diretamente no apelo mundial. Visto que se estivessem, as buscas poderiam ser ainda maiores.
No recorte europeu, Chelsea e Manchester City participaram por conquistas em 2021 e 2023. O Liverpool tinha melhor coeficiente do que rivais locais, mas não entrou pelo limite vigente por país.
De acordo com o jornal britânico, a Fifa também estuda expandir o torneio para 48 equipes. A ECA apoia a expansão, mas a Uefa se opõe, inclusive à realização bienal.
Quando será decidido?
O futuro do torneio está na pauta do Conselho da Fifa nesta quinta-feira (02), embora seja improvável alguma decisão sobre mudanças imediatas.
Em julho, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, respondeu a perguntas sobre a realização do Mundial a cada dois anos. Ele despistou sobre a frequência, mas sinalizou ajustes no formato e no número de equipes.
“Recebemos críticas justas, principalmente sobre o sistema de participação dos clubes. Por exemplo: por que estão aqui quatro times do Brasil e só dois ingleses? Por que os quatro times brasileiros venceram a Copa Libertadores? Mas se o limite de clubes por país não deveria ser maior do que quatro”, disse.
E completou: “Se a competição for de quatro em quatro anos, há possibilidade de ter quatro times ingleses, espanhóis, italianos ou alemães, se eles se classificarem. Temos muitos elementos para pensar, mas vamos pensar nisso só mais para frente”.
Segundo o dirigente, o torneio gerou aproximadamente US$ 2 bilhões em receitas, somando mídia, patrocínios, bilheteria e acordos comerciais. Ainda não há nenhuma informação oficialmente confirmada.