Após polêmicas na 27ª rodada do Brasileirão, a CBF não divulgará os áudios do VAR do clássico entre São Paulo e Palmeiras, vencido pelo rival por 3 a 2. O Tricolor buscou acesso ao material após contestar decisões de arbitragem.
Dois lances geraram as principais reclamações e estão no foco da polêmica: pênalti não marcado em Tapia, após disputa com Allan, e a ausência de cartão vermelho para Andreas Pereira, em entrada em Marcos Antônio.
Com o interesse tricolor na análise do lance, a CBF justificou que, como o árbitro Ramon Abatti Abel não solicitou ou foi solicitado pelo VAR, não há o que se divulgar. Isso porque o protocolo da entidade só permite a reprodução dos áudios quando há revisão em campo.
“Eu acho que o Ilbert, que era o chefe do VAR, não veio. Acho que ele faltou. Não dar o pênalti no Tapia quando o jogo estava 2 a 0 é inacreditável. O VAR está lá para o que? Acho que ele não estava lá”, protestou Carlos Belmonte, dirigente do Tricolor.
Também conforme o regulamento, o clube pode solicitar a análise dos áudios em um Fórum Permanente, mas a divulgação permanece restrita. O São Paulo teria interesse em tornar o conteúdo público e enviou ofício à CBF questionando as decisões.
Posicionamento da CBF
Na noite de domingo (05), a Comissão de Arbitragem da CBF informou medidas para as equipes de São Paulo x Palmeiras e Red Bull Bragantino x Grêmio, este último disputado no sábado (04).
“A Comissão de Arbitragem da CBF informa que os árbitros centrais e de vídeo (VAR) das partidas Red Bull Bragantino x Grêmio e São Paulo x Palmeiras, válidas pela 27ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro 2025, serão condicionados a treinamento, aprimoramento e avaliação interna, para posterior retorno às atividades.”
Segundo a ESPN, a CBF não usa os termos “reciclagem” ou “afastamento” e conduz os árbitros a treinamento e avaliação para retorno. Em Bragança Paulista, houve pênalti assinalado nos acréscimos e expulsão, e o Grêmio cobrou explicações.