O Atlético obteve uma vitória importante no campo jurídico nesta terça-feira (07). O Tribunal Regional Federal da 6ª Região decidiu que o clube é o legítimo proprietário da marca conhecida como “Galo Volpi” — encerrando uma disputa iniciada em 2018 com o designer Ivã Volpi, criador do desenho original.

O caso teve início em agosto de 2018, quando Ivã Volpi ingressou com ação na 20ª Vara Federal Cível de Belo Horizonte contra o Atlético e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O designer alegou que o clube estaria utilizando o símbolo de maneira indevida, com fins comerciais, sem sua autorização. Segundo ele, o uso da imagem foi originalmente autorizado apenas para fins filantrópicos.

O autor da ação solicitava a anulação do registro da marca feito pelo clube, além de uma indenização. Entretanto, a Justiça rejeitou os pedidos, considerando o Atlético como legítimo detentor da marca desde a concessão do registro no INPI, datada de 1997, com validade estendida até 2027.

“O Atlético tem o registro da marca há 20 anos. Esse Volpi trabalhou no clube e confessa ter recebido para isso. Ele fez o desenho, o Atlético registrou, e depois de 25 anos quer discutir isso? É uma discussão” — declarou, na época, o então vice-presidente do clube, Lásaro Cunha.

Símbolo tradicional da torcida

O “Galo Volpi” foi criado em 1983 por Ivã Volpi, durante seu período como prestador de serviços ao clube. O desenho, estilizado e com traços modernos, se tornou um dos emblemas alternativos mais utilizados pelo Atlético em materiais promocionais, camisas de treino e produtos licenciados.

A imagem é tão popular entre os torcedores que também aparece em tatuagens e itens de merchandising.

A Justiça reconheceu que o símbolo faz parte do patrimônio do clube, conforme os incisos X, XI e XII do artigo 14 do Estatuto Social do Atlético, que contempla outros desenhos como o “Galo Carijó” e o “Galão”.

Marcas protegidas pelo clube

Além do “Galo Volpi”, o Atlético possui o registro de diversas marcas no INPI, como:

• Atlético

• Galo

• Eu Acredito

• Galo Doido (versões nominativa e figurativa)

• Território do Galo

• Massa

A exploração dessas marcas é feita mediante contratos de licenciamento coordenados pela Diretoria de Negócios do clube, sob a responsabilidade do superintendente João Gomide.