Carlo Ancelotti tem apostado no comprometimento dos atletas para compensar o curto período de preparação da Seleção antes da Copa do Mundo. Às vésperas do amistoso contra a Coreia do Sul, o treinador destacou que o fator decisivo neste momento é a postura dos jogadores em campo, mais do que qualquer estratégia tática elaborada previamente.
Desde que assumiu o comando da equipe, em maio, o técnico encara dificuldades relacionadas ao tempo limitado para treinos completos. Na preparação para o duelo em Seul, por exemplo, o grupo teve apenas uma sessão com todos os convocados reunidos.
“Acho que é preciso mais trabalho tático para trabalhar a estratégia do jogo. Tudo isso pode ser muito importante, mas a parte mais importante não é a estratégia, é a atitude dos jogadores no campo. Para isso, não é preciso muito tempo para preparar”, disse.
O Brasil encara a Coreia do Sul nesta sexta-feira (10), às 8h (horário de Brasília), no Seul World Cup Stadium.
Alternância tática e busca por equilíbrio
Nas quatro partidas anteriores, o treinador variou entre o esquema 4-2-4, que resultou nas vitórias contra Paraguai e Chile, e o 4-3-3, utilizado no empate com o Equador e na derrota para a Bolívia.
Segundo Ancelotti, a equipe se mostrou sólida na parte defensiva, mas ainda precisa evoluir ofensivamente: “Gostei muito do jogo defensivo da equipe em junho e setembro. Se defendeu muito bem — compacta, unida, comprometida, intensa… Onde deve melhorar, e amanhã é uma oportunidade, é no jogo com a bola”.
“A equipe tem que mostrar a qualidade individual que tem, e temos muita. É preciso jogar um bom futebol”, completou.
Escalação inicial e referências conhecidas
No treinamento mais recente, Ancelotti optou por escalar Bento; Vitinho, Éder Militão, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vini Jr., Matheus Cunha e Estêvão.
A escolha por jogadores que ele já comandou no Real Madrid — casos de Militão, Casemiro, Rodrygo e Vini — foi uma forma de manter certa familiaridade e entrosamento em campo.
Ancelotti reforçou que o elenco vai além dos nomes que já conhece: “Acho que a base que a Seleção tem é ampla. Conheço bem esses jogadores e outros. Gosto do ambiente da equipe e acho que isso é muito positivo, pela atitude dos jogadores, pelo profissionalismo”.
Ancelotti também reforçou que o espírito coletivo será essencial na busca pelo hexacampeonato: “Cada um de nós pensa no objetivo, que é muito claro: temos de ganhar a Copa do Mundo, não ser o melhor jogador do mundo”.
Próximos compromissos
Após o confronto com a Coreia do Sul, a Seleção terá outro desafio na Ásia. Na terça-feira (14), o Brasil enfrentará o Japão, às 7h30 (horário de Brasília), no Ajinomoto Stadium, em Tóquio.