Cobrado por torcedores no Morumbi, com protesto que levou até um caixão com seu rosto, Julio Casares concedeu coletiva nesta terça-feira (14 de outubro), no CT da Barra Funda, para tratar de transparência, finanças, SAF e rachas políticos.
O presidente afirmou que disponibilizará um relatório financeiro ainda nesta semana e destacou redução de dívida e previsão de superávit no ano, com foco também nas categorias de base.
“Reduzimos a dívida em R$ 57 milhões neste ano e temos previsão de quase R$ 20 milhões em superávit. O relatório será disponibilizado, assim como foi o relatório médico, amanhã ou depois de amanhã. A primeira parte do mandato foi tentar reconectar o torcedor com conquista. O segundo é priorizar a revelação da base, o que estamos fazendo, e os pilares financeiros de equalização dos da nossa dívida. Já tem bons resultados”.
Já ao detalhar instrumentos usados nessa reestruturação, Casares citou o FIDIC e comparou a trajetória da dívida tricolor à de outros clubes brasileiros.
“O FIDIC, funcionando muito bem, reduzir R$ 57 milhões de uma dívida nominal é algo muito importante. Você vê que as dívidas, quando de outros clubes estão subindo, a nossa é de baixa. Isso já é um sinal”.
O presidente tratou a transformação em SAF com cautela, dizendo que qualquer discussão precisa ocorrer em contexto amplo dentro do clube.
“São Paulo Futebol Clube não pode ser movido por uma vontade única de um líder, de um presidente, de um diretor. Tem que haver um contexto. A SAF é uma cena maior, você dá a chave para o dono, que ele faz o que ele quiser”.
Por fim, no campo político, ele abordou divergências internas e especulações envolvendo Carlos Belmonte, além de afirmar que aceita manifestações pacíficas dos torcedores. Sobre investimentos externos, ainda não há nenhuma informação oficialmente confirmada e, segundo Casares, ele não recebeu contatos de Diego Fernandes.
