O Allianz Parque tem um gramado sintético que virou tema sensível no Palmeiras. Afinal, o clube é o principal usuário do estádio e se preocupa com qualidade e jogabilidade. A manutenção, porém, é atribuição da WTorre, superficiária da arena. Agora, o debate em torno desse piso tem envolvido vários agentes e relações comerciais, além do cuidado diplomático para evitar ruídos nos bastidores.
Segundo fontes ouvidas pela Trivela, o Palmeiras participará da escolha do novo piso, mas o comando da ação caberá à WTorre, com quem mantém boa relação. Entretanto, o descontentamento público com o campo fornecido pela Soccer Grass não obriga a gestora a trocar de parceira.
Além disso, os envolvidos não detalham oficialmente processo, concorrentes ou cronograma. Mudanças no calendário podem afetar a ideia inicial de início no começo de 2026.
Mudanças para próxima temporada
Já o ge informa que clube e empresa preparam a troca do gramado por novo sintético para a próxima temporada. As conversas estão avançadas com os engenheiros da WTorre, com previsão de início a partir de dezembro.
São estimados cerca de 45 dias trabalhados para concluir a reforma, embora haja possibilidade de término em menos tempo. Por ora, o calendário favorece a janela.
O Palmeiras tem sua última partida em casa na semana de 17 de dezembro, e o último show confirmado neste ano no estádio é no dia 6; os próximos são apenas em fevereiro.
Três de cinco camadas serão trocadas: Shock Pad, Tapete de Grama Sintética e Infill de cortiça. Esses materiais são importados da Itália, Holanda e Portugal, transportados em navios. Não há necessidade de mudança em drenagem ou contrapiso.
Custo estimado
O custo estimado da substituição é de R$ 10 milhões, ainda em avaliação, e a Total Grass figura entre as candidatas. Vale pontuar que a atual grama está na garantia de dez anos e sem apontamentos técnicos.
Críticas de Abel Ferreira
Aliás, as discussões se intensificaram após críticas públicas de Abel Ferreira. Em coletiva recente, o técnico relacionou a qualidade do campo à rotina de espetáculos na arena e questionou o momento mais viável para a troca, apontando o fim do ano como janela possível.
“Sou muito sincero, está ruim o gramado. Com a quantidade de espetáculos que temos aqui, como será feita a troca? Só se for no final do ano… é o que é”, protestou.
Em maio, ao comentar intervenções no Centro de Treinamento, o treinador descreveu o passo a passo de um processo de renovação da grama. Entretanto, não há informação confirmada nas fontes disponíveis sobre eventuais impactos dessas obras no cronograma do estádio ou na gestão da WTorre.
“Temos que remover a grama velha toda, temos que meter areia, temos que esperar, temos que meter as sementes, temos que esperar para regar.”