Nesta quarta-feira (15 de outubro), o São Paulo divulgou relatório da OutField Ventures sobre as finanças entre o fim de 2024 e setembro de 2025. O documento aponta redução de 22% nas dívidas bancárias por meio do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).
Além disso, o clube informou que o endividamento total caiu de R$ 968 milhões em dezembro de 2024 para R$ 912 milhões ao fim do terceiro trimestre. A diferença representa R$ 55,5 milhões.
Segundo o relatório, os investidores aportaram R$ 400 milhões para acelerar o processo de redução de passivos. O montante global do clube está em R$ 912 milhões, quase R$ 57 milhões a menos que em dezembro de 2024.
Também de acordo com o documento, o São Paulo intensificou a venda de atletas para apoiar o caixa. As transferências somaram R$ 233 milhões em 2025, valor superior ao originalmente orçado. Jogadores das categorias de base, como William Gomes, Henrique Carmo, Lucas Ferreira e Matheus Alves, foram negociados em definitivo.
Já os custos operacionais apresentaram retração em outras frentes. O clube registrou R$ 15 milhões a menos com a quitação de Parcelamentos Bancários e Dívidas Fiscais. Houve ainda redução de R$ 2,7 milhões em Direitos Federativos e Intermediações.
Depois de déficits de R$ 23,1 milhões e R$ 10,5 milhões nos dois primeiros trimestres, o período seguinte fechou com superávit. O saldo positivo foi de R$ 19,9 milhões. O relatório classifica o resultado como a primeira vez no ano em que o clube encerra um trimestre no azul.
Ainda assim, o São Paulo não cumpriu todos os limites financeiros (covenants) do FIDC. O relatório registra desenquadramento de cerca de R$ 91 milhões nas despesas do futebol profissional até o terceiro trimestre.
Na estrutura do FIDC, há cotas “Senior” e “Subordinada”. A cota “Senior” reúne R$ 240 milhões, com custo de CDI + 5% para o clube, abaixo da média histórica. Já foram repassados R$ 39 milhões aos investidores e houve adiantamento de R$ 135 milhões de patrocinadores e direitos de transmissão.
Por fim, a cota “Subordinada” permanece com o São Paulo, que assume o maior risco em caso de recebíveis abaixo do orçado. A estratégia prevê participação de 40% nos recebíveis descontados. O formato, segundo o documento, busca equilibrar interesses entre clube e investidores.