O Botafogo deu adeus à Copa do Brasil após ser eliminado pelo Vasco, nos pênaltis, em novo empate por 1 a 1 no Nilton Santos. A eliminação somou-se à queda na Libertadores, e a pressão em John Textor começou a esquentar.
Após a partida, John Textor, dono da SAF, admitiu falhas na temporada, demonstrou decepção, mas sustentou confiança numa reação no Campeonato Brasileiro. O Botafogo está 12 pontos atrás do líder Flamengo neste momento.
“Nós falhamos em conquistar a Libertadores, em conquistar a Copa do Brasil. Então sim, falhamos. Esse trabalho não é fácil. Investimos muitos recursos nesse time. Trouxemos muitos atletas de qualidade. Eu amo nossos atletas. Amo nosso treinador. Mas sim, falhamos nas nossas maiores ambições. O Campeonato ainda não acabou. Já vimos coisas malucas acontecerem desde que cheguei aqui”, disse.
O Glorioso despediu-se do sonho do título inédito diante de 40.649 torcedores no Nilton Santos. Nuno Moreira abriu o placar, Alex Telles empatou de pênalti, e, nas cobranças, o Vasco fez 5 a 3, com Léo Jardim defendendo a batida do próprio Telles.
Novo cenário para o Botafogo
Em outra resposta, Textor tratou das expectativas elevadas e do impacto entre os torcedores, além de creditar méritos ao adversário. Segundo ele, a dor da eliminação cresce porque o clube se acostumou a disputar objetivos maiores.
“Nos últimos anos, nos tornamos uma organização diferente. Hoje esperamos disputar a Libertadores e chegar à final da Copa do Brasil. Por isso essa derrota dói tanto, porque nossas próprias expectativas são muito mais altas. Entendo os torcedores”, e completou:
“Sei o quanto estão frustrados por terem vindo nos apoiar da forma como fizeram e ver tudo terminar assim. Méritos ao Vasco, eles têm um elenco talentoso e claramente um treinador que sabe o que faz”.
Situação da SAF
Além disso, o empresário abordou o imbróglio jurídico na Eagle Football. Ele disse que a disputa interna terminou, reafirmou a participação de 90% na SAF e declarou ser o acionista majoritário.
Sobre Evangelos Marinakis, Textor falou em colaboração, mas não esclareceu se haverá investimento no Botafogo.
“No futebol, quando a família briga, é em público, mas a briga acabou. Agora estamos alinhados, seguimos em frente. A Eagle é a acionista de 90% deste clube, não o clube social. A Eagle é a proprietária”, e prosseguiu:
“Amamos o apoio que recebemos dos torcedores. O apoio que recebemos do clube social, mas a Eagle Football é dona deste clube, com 90% de participação. Eu sou o acionista majoritário da Eagle. Isso era verdade há um ano, era verdade na semana passada e será verdade na próxima”.
E a postura no mercado?
Aí o norte-americano defendeu a política de vendas adotada nas janelas de janeiro e julho. Ele citou Jeffinho, negociado com o Lyon em 2022, e o goleiro John, vendido ao Nottingham Forest, como exemplos de que o clube busca cumprir ambições de carreira dos atletas para atrair reforços.
“Essa ideia de ser campeão para os jogadores para ser campeão para os torcedores, eu digo isso há muito tempo. Na primeira vez que vendi Jeffinho, tive que mudar meu telefone. Temos que cuidar dos jogadores, de suas carreiras, de suas famílias. O que os torcedores enxergam é uma parte da vida desses jogadores, mas eu sei suas ambições”.