A chegada de Juan Dinenno ao São Paulo ocorreu durante a janela de transferências do meio do ano, após sua saída do Cruzeiro. O atacante argentino firmou vínculo com o clube paulista até o fim de 2025, com cláusulas de desempenho que podem estender sua permanência. Até então, sua passagem pelo Tricolor havia sido discreta, com apenas quatro partidas disputadas e uma única atuação como titular — diante do Sport, em jogo com equipe reserva.
Contudo, a escassez de opções ofensivas forçou o técnico Hernán Crespo a recorrer ao jogador. Na ausência de Calleri, Lucas, Luciano, Ryan Francisco, Ferreirinha e André Silva — todos fora por lesão ou suspensão —, o argentino recebeu nova chance no duelo contra o Botafogo, realizado no domingo (14), no Morumbis, pela 23ª rodada do Brasileirão.
Aproveitando o momento, Dinenno marcou o único gol da partida logo aos sete minutos. O lance teve início com cruzamento de Enzo Díaz, seguido de falha de Kaio Pantaleão e indecisão do goleiro Neto. Com presença de área, o camisa 15 apareceu entre os defensores e concluiu de forma precisa, colocando fim a um jejum de mais de um ano sem marcar — o último gol havia ocorrido em agosto de 2024, ainda pelo Cruzeiro.
Em entrevista após a partida, o atacante expressou alívio e valorizou o momento. “Estou bem, mas todo mundo com sequência se sente melhor. É normal. Estou treinando muito e contente”, afirmou. Em seguida, mencionou o concorrente de posição. “Jhonny (Calleri) é uma referência para nós. Muito tempo em que sofri tanto, pouca minutagem, mas um clube como o São Paulo confiou em mim, voltei, e só tento retribuir essa confiança”.
Aliás, a atuação coletiva do São Paulo também recebeu elogios. Mesmo com nove desfalques — sete por lesão e dois por suspensão —, a equipe mostrou organização e postura sólida, sobretudo na defesa. Nomes como Arboleda e Marcos Antônio, que retornaram de lesão, se mostraram recuperados e cumpriram bem suas funções.
Além do destaque de Dinenno, outros atletas como Rodriguinho e Enzo Díaz tiveram atuações elogiadas. Este último, responsável pela assistência, foi um dos mais participativos e quase ampliou o marcador em cobrança de falta que acertou a trave. Já Rodriguinho assumiu o papel de articulador no meio-campo, contribuindo com criatividade.
Com o resultado, o São Paulo chegou a 35 pontos e igualou a pontuação do próprio Botafogo. Entretanto, por conta do número inferior de vitórias, permanece na sétima colocação. O Tricolor volta a campo na quinta-feira (18 de setembro), quando enfrenta a LDU, fora de casa, pela ida das quartas de final da Libertadores, e no domingo (21 de setembro), encara o Santos pelo Brasileirão, na Vila Belmiro.