Recém-aposentado aos 38 anos, Gil detalhou sua reta final no Santos em entrevista ao ‘PodPah’, na terça-feira (23 de setembro). Ele descreveu frustrações, afastamentos e conversas com Pedro Caixinha, além do período sob a comissão de Cleber Xavier.

Sobre o início de 2025, ele descreveu a conversa em que Caixinha explicou que não o utilizaria, mas acatou um pedido do defensor.

“Começou 2025, aí o Caixinha. Mas foi de sujeito homem, falou: ‘Não vou te utilizar’. Eu fiquei chateado, óbvio, mas ele chegou e falou comigo: ‘não vou te utilizar’. Eu perguntei: ‘professor, vou te atrapalhar nos treinos? Se você não quer me inscrever, posso pelo menos treinar? Eu quero treinar’. Ele respondeu: ‘pode treinar, sem problema nenhum, mas não vou te utilizar’. Beleza, sem problema, só vou treinar, só deixa eu treinar”.

Ele disse que permaneceu treinando e, após quatro jogos, voltou a ser relacionado e atuou. Em algumas partidas, assumiu a braçadeira de capitão.

Gil relatou frustração por ter ficado três meses sem jogar e, mesmo atuando em duas partidas, não ter ido a campo contra o Vasco. Segundo ele, essa sequência o fez cogitar a saída.

Já em relação ao trabalho com Cleber Xavier, Gil relatou não ter ficado chateado após ficar fora da goleada sofrida pelo Santos por 6 a 0 para o Vasco, que culminou na demissão do então técnico.

O ex-defensor afirmou que, aos 38 anos, não aceitaria certas situações e reforçou que foi ao clube para ajudar. Ele disse que pediu para sair quando sentiu que poderia atrapalhar o grupo.

Em 2024, Gil participou de 50 partidas na campanha do título da Série B, o que adiou a aposentadoria e garantiu a renovação. Em 2025, ele atuou 18 vezes. Ao todo, o defensor somou 68 partidas e um gol pelo Alvinegro Praiano. A rescisão foi registrada na quarta-feira (03 de setembro).

Na carreira, também defendeu Corinthians, Shandong Luneng, Valenciennes, Cruzeiro e Americano.