Mateo Ponte, lateral-direito de 22 anos, estendeu seu vínculo com o Botafogo até julho de 2028. A renovação foi oficializada nesta semana, acompanhada de um ajuste salarial e aumento na multa rescisória. A negociação foi conduzida com tranquilidade, pois tanto o clube quanto o atleta manifestaram interesse mútuo na continuidade do trabalho.
Durante entrevista ao podcast oficial do clube, Ponte demonstrou satisfação com a trajetória até aqui e celebrou a renovação. Em suas palavras, destacou o papel do grupo na evolução profissional: “Nenhuma conquista pessoal se cumpre sozinho, né? Porque tem um grupo de trabalho bom, todo grupo que eu passei, estou aqui há dois anos já. E todos os caras que passaram pela minha frente me ajudaram muito a ser quem eu sou agora como jogador”.
O lateral também relembrou o episódio curioso envolvendo a camisa preta histórica do clube, que utilizou nas comemorações da Libertadores e do Campeonato Brasileiro de 2024. Segundo ele, a peça foi comprada por impulso e esquecida no armário até o dia das finais. “Pô, vou colocar a camisa. Quando chegou no Rio, todo mundo ficou encantado com a camisa”, contou.
Sobre sua evolução, Mateo afirmou que amadureceu bastante desde sua chegada. “Vejo que amadureci muito desde que eu cheguei até agora. E isso é algo muito legal e que me deixa muito feliz”, declarou. Ainda acrescentou que, mesmo sem sequência como titular, sente-se importante no grupo e útil em momentos decisivos da temporada.
Em clima de proximidade, Mateo Ponte também citou a amizade com Alexander Barboza e o suporte familiar como pontos essenciais em sua caminhada no futebol brasileiro. A presença da família, que frequentemente o visita no Rio de Janeiro, é considerada por ele um fator emocional importante no processo de renovação e permanência no país.
Contratado em agosto de 2023 junto ao Danubio, do Uruguai, por cerca de R$ 9,4 milhões, o jogador chegou ao Brasil com o status de titular da seleção sub-20 do seu país. Atualmente, mesmo atuando como reserva imediato de Vitinho, Ponte soma 70 partidas com a camisa alvinegra, tendo marcado quatro gols e distribuído duas assistências.
A decisão de permanecer foi reforçada ainda em julho, quando o lateral recusou uma proposta de R$ 33 milhões do Al-Jazira, dos Emirados Árabes Unidos. À época, o jogador justificou a escolha dizendo acreditar no seu desenvolvimento técnico e pessoal dentro do clube carioca, considerando o Botafogo a melhor opção para o momento da carreira.
Além do ambiente esportivo, o uruguaio valorizou a conexão pessoal com o elenco e com a torcida. Segundo ele, a recepção calorosa dos brasileiros e o apoio dos torcedores têm sido elementos marcantes da sua vivência no clube. “Esse papo que temos com a torcida do Botafogo, que o Botafogo me quer de uma forma extracampo, me deixa muito feliz e muito identificado mesmo”.