O atacante Hulk, um dos principais nomes do Atlético nas últimas temporadas, vive atualmente um dos momentos mais desafiadores desde sua chegada ao clube mineiro. Aos 39 anos, o camisa 7 enfrenta um jejum de 11 partidas sem marcar, sendo seu último gol anotado no dia 14 de agosto, contra o Godoy Cruz, pela Copa Sul-Americana. Apesar de ainda ser o artilheiro do time na temporada com 16 gols, o jogador perdeu espaço na equipe titular desde a chegada do técnico Jorge Sampaoli, em setembro.
A situação tem gerado debates entre comentaristas de diferentes veículos e programas esportivos. No “Seleção sportv”, Felipe Melo questionou a decisão de tirar Hulk da equipe principal, afirmando que, mesmo em jejum, o atacante ainda tem muito a contribuir. “Eu jamais tiraria o Hulk do time, para ser bem sincero. Acho que mesmo em uma fase sem fazer gols, ele é muito importante e uma hora ou outra vai fazer gol e vai abrir a porteira novamente para fazer os gols que sempre soube fazer”.
Ainda no mesmo programa, o ex-jogador Roger Flores comparou Hulk a outros veteranos em fim de carreira, destacando os efeitos naturais da idade. “É muito importante, grande ídolo da história do Atlético. Mas infelizmente a idade vai chegando para todo mundo – como chegou para mim, como chegou para o Felipe. E o Hulk, por mais que tenha nome de super-herói, não é um super-herói”.
Já no programa “Fim de Papo”, do UOL, Juca Kfouri fez uma análise mais dura ao comentar a fase do atacante, sugerindo que o ciclo de Hulk pode estar chegando ao fim. “É aquilo que o Dr. Sócrates dizia, ninguém abandona o futebol, o futebol é quem nos abandona, né, e acho que o futebol está abandonando o Hulk”.
Por outro lado, o também comentarista Paulo Massini defendeu uma utilização mais estratégica do jogador. “Ainda pode ser muito útil, agora talvez tenha que usar com parcimônia. […] Usar o Hulk de forma mais criteriosa nos jogos mais importantes. Não quarta e domingo, quarta e domingo”.
Além dos analistas da imprensa, o ex-goleiro João Leite, ídolo do Atlético, também opinou sobre a fase do atacante. Em entrevista à Itatiaia, destacou que o momento de Hulk também é reflexo do contexto coletivo. “Ninguém joga sozinho. […] O Hulk não vai jogar sozinho. Ele vai jogar com apoio da torcida, com apoio dos companheiros e dos treinamentos, porque ele é fatal, batendo uma falta, pênaltis, e tendo companheiros para ajudá-lo”.
O debate sobre o futuro de Hulk no futebol permanece aberto. Enquanto alguns acreditam que ainda há espaço para o camisa 7 contribuir tecnicamente, outros consideram que o ciclo pode estar perto do encerramento. Em meio a isso, a expectativa gira em torno das próximas decisões de Sampaoli e da forma como o Atlético irá administrar o desgaste de seu principal nome dos últimos anos.