Nesta segunda-feira (15), Carlo Ancelotti falou sobre expectativas na Seleção em entrevista ao L’Équipe, da França. O técnico assumiu na reta final do ciclo para a Copa de 2026, em meio a um período conturbado na CBF. Ele, aliás, é o quarto treinador do ciclo.
Desde maio, Ancelotti soma quatro jogos pelo Brasil: duas vitórias, um empate e uma derrota, esta para a Bolívia na última rodada das Eliminatórias. Além disso, até o Mundial a Seleção disputará apenas amistosos.
Serão seis partidas nas Datas Fifa de outubro, novembro e março. Os próximos duelos serão contra Coreia do Sul e Japão, nos dias 10 e 14 de outubro. A Copa acontecerá de 11 de junho a 19 de julho, nos Estados Unidos, Canadá e México.
Pressão na Seleção
Questionado sobre a pressão por título após o jejum desde 2002, o italiano rejeitou a ideia de obrigação.
“A obrigação é tentar, ninguém tem obrigação de ganhar. Quem no futebol tem obrigação de ganhar? No futebol, muitas coisas podem acontecer que mudam o resultado. Treinei o Real Madrid por seis anos e não ganhei seis Ligas dos Campeões, ganhei três”, respondeu.
E Neymar?
Um dos assuntos mais polêmicos de sua passagem até aqui voltou à tona: Neymar. O técnico enalteceu a qualidade do atleta, mas reforçou que sua convocação dependerá do próprio e, claro, de seu condicionamento físico.
“Um jogador talentoso também precisa estar em forma. Ele precisa estar 100%, não 80%. O objetivo dele deve ser estar pronto em junho de 2026. Não importa se ele estará na seleção em outubro, novembro ou março. Do ponto de vista técnico não há discussão”, disse.
Planos para o futuro
Já sobre o futuro, o treinador voltou a mencionar o vínculo com a Seleção e um possível retorno ao Real Madrid. Ele deixou o clube com homenagens em maio, apesar da má fase, e não renovou o contrato pois estava praticamente acordado com o Brasil.
“O único time que eu poderia treinar depois do Brasil seria o Real Madrid. Não acho que isso vá acontecer. Tenho um contrato de um ano aqui, e depois disso tudo pode acontecer. Assinei por um ano porque acho que foi a coisa certa a fazer. Mas estou muito feliz aqui. Posso ficar por mais dois anos. Ou mais quatro”, declarou.