Em entrevista ao Charla Podcast, o jornalista André Rizek analisou a gestão de John Textor no Botafogo e o impasse com a Eagle Football Holdings. Textor é acionista da SAF alvinegra desde 2022 e centraliza decisões estratégicas no clube.
Nesta quarta-feira (17), as falas repercutiram em portais especializados. Rizek criticou interferências do acionista em áreas técnicas e defendeu a presença de um “homem forte” no futebol, com mais poder decisório no dia a dia.
Segundo Rizek, a Eagle reivindica acesso aos livros e às finanças do Botafogo para verificar, por exemplo, a alegada dívida no Lyon. Além disso, relata que o grupo contesta a prática de caixa único atribuída a Textor e pede a separação das contas.
Rizek avaliou ainda os efeitos de uma disputa judicial prolongada, mencionando a capacidade financeira da Eagle para litígios em múltiplas jurisdições.
“Eles têm dinheiro infinito para brigar na justiça. E nesse meio tempo, o que eles falam é que o Botafogo corre o risco de virar um Vasco. É SAF, mas está sufocado por essas questões, asfixiado, porque não tem investimento… É muito complexo porque eles não podem matar o Botafogo. Afinal, é ativo deles”.
“Compraram, investiram. Eu acho que o melhor cenário é que eles possam entrar, olhar e chegar a uma solução boa pra todo mundo. O pior cenário para o Botafogo é essa briga se arrastar por anos na justiça. Sem investimento, sem ninguém pensando”.
No âmbito da governança, Rizek defendeu que Textor se cerque de profissionais com autonomia e que delegue decisões técnicas a especialistas. Já sobre a estrutura executiva, apontou que Thairo Arruda é mais voltado à gestão administrativa.
Ao descrever sua apuração sobre o embate entre Eagle e Botafogo, ele explicou como tem ouvido os lados. “Eu converso com eles, não vou nem entrar no mérito se eles têm razão ou não, vou dar a versão deles. Minha função de jornalista é conversar com todo mundo. Converso com o Textor, faz tempo que eu não falo com o Textor, mas escrevi para ele recentemente, ele não me respondeu”.
Por fim, o jornalista destacou a forte identificação de Textor com o Botafogo e citou que, entre torcedores, o empresário ganhou status de ídolo.