Durante o programa SporTV News deste domingo (28), o comentarista Ricardo Gonzalez chamou atenção para a atual condição física de Hulk, atacante do Atlético-MG. Segundo o jornalista, o jogador já não apresenta o mesmo rendimento anterior e, por isso, o clube precisa repensar a forma como tem utilizado o camisa 7.
“Tomara, para o Atlético Mineiro e para o torcedor, que não seja – se é que existe – um estremecimento definitivo, porque o Hulk é um ídolo do clube e ainda tem muito a dar. A questão é: a gente olha para o Hulk daquele tamanho e acha que ele é eterno. E não é. Por mais que ele seja um cara privilegiado fisicamente, mas a idade começa a pesar”, declarou.
Ainda durante sua análise da vitória por 1 a 0 sobre o Mirassol, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, o comentarista elogiou a decisão de Sampaoli em deixar o ídolo no banco de reservas.
Para Gonzalez, essa escolha abriu espaço para uma discussão mais ampla sobre a gestão do atleta. “E aí, no jogo (de ida) contra o Bolívar, eu acho que um grande mérito do Sampaoli, ao colocá-lo depois, não começar o jogo com ele, é colocar em cima da mesa uma discussão sobre como agir com o Hulk de agora para diante”, e completou:
“Já que ele jogando quarta e domingo começa a dar sinais de fisicamente não conseguir mais o que conseguia até alguns meses atrás. E o Hulk depende muito do físico. Ontem nem conta, mas ele está há nove jogos sem fazer gol. Isso é uma eternidade se tratando de Hulk”.
Em outro momento, Gonzalez sugeriu ao Atlético que siga o exemplo de outros clubes, como o Flamengo, que adotam rodízios com atletas experientes. “Você faz um controle de minutagem que você estende não só a carreira dele, mas como o que ele pode entregar a curto prazo. Acho que o Atlético tem que pensar nisso com o Hulk”.
Postura de Hulk em xeque
Enquanto isso, fora das quatro linhas, Hulk segue acumulando cartões. Mesmo sem ter entrado em campo no sábado (27), o atacante recebeu novo cartão amarelo durante a partida contra o Mirassol, ao se levantar do banco de reservas para reclamar da arbitragem.
O árbitro Rafael Rodrigo Klein relatou na súmula que a advertência se deu por “desaprovar com palavras ou gestos as decisões da arbitragem”.
Com a advertência mais recente, Hulk chegou a 66 cartões amarelos pelo Atlético-MG desde 2021. Desses, 38 – o equivalente a 57,57% – foram motivados por reclamações ou discussões com árbitros e adversários.
“Eu já tomei muitos amarelos aqui por reclamação e assumo. Também já tomei outro sem nem falar nada. O de hoje foi o mais ridículo em toda a minha vida”, afirmou o jogador ao fim da partida, visivelmente incomodado com a situação.
Por consequência do terceiro cartão na sequência, Hulk será desfalque na partida contra o Juventude, marcada para terça-feira (30), às 21h30, na Arena MRV. A diretoria atleticana informou que pretende encaminhar um protesto formal à CBF para contestar a decisão do árbitro.
Desde que chegou ao clube, o atacante também foi expulso quatro vezes. Apenas um dos cartões vermelhos não foi motivado por reclamações. Além disso, na atual temporada, dos 13 amarelos recebidos, dez foram por protestos ou desrespeito à arbitragem, segundo registros em súmulas oficiais.