Joaquín Correa se consolidou como uma das figuras de maior confiança de Davide Ancelotti no Botafogo. O atacante argentino, de 31 anos, tem sido presença frequente nas escalações desde a chegada do treinador italiano, mesmo sem apresentar números expressivos dentro de campo.
Desde que Ancelotti assumiu o comando técnico, Correa participou de 16 dos 17 compromissos disputados pelo Botafogo. A única exceção foi no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, no clássico diante do Vasco.
Queridinho de Ancelotti, o jogador estreou pelo clube ainda sob o comando de Renato Paiva, nas oitavas do Mundial de Clubes contra o Palmeiras.
No entanto, apesar da sequência de oportunidades, o atacante ainda não marcou gols nem contribuiu com assistências. De acordo com levantamento do GE, suas 17 aparições foram divididas entre seis partidas como titular e 11 saindo do banco de reservas.
Sua média em campo é de 49 minutos por jogo.
Expectativa alta, desempenho discreto
Contratado com expectativa elevada, Correa chegou ao Rio após passagem pelo futebol italiano, onde acumulou seis títulos. O histórico internacional reforçava a ideia de que o atacante se tornaria peça-chave no esquema alvinegro, principalmente ocupando a função de falso nove ou como ponta-esquerda.
Entretanto, na prática, o argentino tem desempenhado um papel diferente. Por decisão da comissão técnica, ele tem sido utilizado como uma espécie de coringa, entrando em campo em diferentes funções ofensivas.
Em algumas ocasiões, chegou a ser opção para substituir o camisa 10 venezuelano, exercendo um papel mais recuado no meio-campo.
Confiança mantida mesmo em fase instável
A escolha de Davide Ancelotti por manter Correa entre os jogadores mais acionados ocorre em um cenário de instabilidade do time. Após um 2024 marcado por conquistas da Libertadores e do Brasileirão, o clube carioca ainda não ergueu troféus em 2025.
O Botafogo acumulou eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores, e ocupa apenas a sexta posição na tabela do Campeonato Brasileiro.
Apesar do momento de oscilação e da pressão por melhores resultados, Ancelotti tem apostado na continuidade do argentino, demonstrando que confia no potencial técnico do jogador para reverter a fase irregular da equipe.
A sequência de atuações indica que o técnico busca consolidar uma estrutura tática e valoriza o papel de Correa na construção desse modelo, mesmo que os números não tenham acompanhado esse protagonismo até agora.