O Atlético oficializou, na noite de segunda-feira (13), a criação do Museu do Galo. A decisão foi tomada durante uma assembleia geral realizada na sede social do clube, no Bairro de Lourdes, em Belo Horizonte.
O encontro, que contou com a participação de dirigentes, ex-presidentes e membros da sociedade civil, aprovou por unanimidade os projetos relacionados à preservação da memória alvinegra.
A instituição do museu foi aprovada após a apresentação formal de seu estatuto social e dos projetos técnicos e culturais. Na mesma assembleia, Emmerson Maurílio foi nomeado diretor-presidente da entidade, enquanto Felipe Bittencourt assumiu a vice-presidência. Ambos foram indicados pelo atual presidente do clube, Sérgio Coelho.
A nomeação dos membros do conselho deliberativo, prevista na pauta, foi adiada para outra ocasião.
O projeto será executado em duas frentes: uma ocupará um espaço de 2.800 metros quadrados na Arena, com área expositiva de 1.800m, área administrativa de 600 metros e mais 600 metros destinados à Trilha dos Imortais. A outra ficará na sede de Lourdes, abrigando o memorial institucional do clube.
Financiamento e execução
Segundo Emmerson Maurílio, o projeto teve início há 28 anos e atualmente se encontra em estágio avançado de planejamento. A expectativa é de que as obras comecem no início de 2026 e que o museu seja aberto ao público dentro de um ano.
O orçamento total é estimado em R$ 30 milhões, sendo R$ 20 milhões para o espaço na Arena MRV e R$ 10 milhões para o memorial na sede. O clube já obteve mais de R$ 3 milhões via Lei Rouanet e conta com promessa de doação adicional de R$ 9 milhões.
O prazo para captação de recursos pela legislação federal vai até 31 de dezembro.
Experiência interativa e referências internacionais
O Atlético contratou a empresa Mude para desenvolver e executar o museu. A companhia já atuou na criação de espaços culturais para clubes como Boca Juniors, River Plate, Flamengo, Botafogo e Juventus.
O projeto do Galo terá enfoque tecnológico, com vitrines interativas, experiências imersivas e ambientes lúdicos. A proposta é proporcionar interação constante com o público, especialmente em dias de jogos.
Entre os modelos utilizados como referência estão museus localizados em Wembley (Inglaterra), Luque (Paraguai), no Cristo Redentor, além de instituições esportivas de Flamengo, Botafogo e clubes europeus visitados pela equipe de planejamento.
