Na segunda-feira (06 de outubro), o Vasco da Gama formalizou adesão ao Pacto “Ninguém Se Cala”, criado pelo Ministério Público de São Paulo em parceria com o MPRJ. A assinatura ocorreu na sede do Ministério Público do Rio de Janeiro e integra ações de prevenção e combate à violência e ao assédio de gênero em ambientes esportivos.
Além disso, a iniciativa está alinhada ao protocolo “Não é Não”, previsto na Lei nº 14.786/2023. O objetivo é ampliar a cultura de respeito e proteção em estádios, casas de espetáculo e eventos de grande circulação.
Conforme o pacto, os signatários devem desenvolver campanhas educativas, debates, cursos e palestras sobre igualdade de gênero, respeito e enfrentamento às diversas formas de violência. O Vasco atuará como parceiro em ações preventivas e de apoio às vítimas.
Em entrevista ao site oficial do clube, a diretora jurídica e de compliance do Vasco SAF, Bianca Reis, destacou o caráter histórico e social do compromisso.
“A adesão mostra que o Vasco segue firme na sua tradição de pioneirismo e responsabilidade social. Enxergamos o Pacto ‘Ninguém Se Cala’ como mais uma oportunidade de transformar o futebol em instrumento de conscientização e mudança.”
Depois, Bianca afirmou que o clube quer envolver diferentes setores da sociedade em torno do tema.
“O Vasco será parceiro na realização de campanhas de conscientização voltadas a profissionais e ao público em geral, além de auxiliar na promoção de debates e ações educativas. Queremos fazer a diferença oferecendo suporte e acolhimento às pessoas que se encontrarem em situação de risco.”
Também participaram da assinatura a advogada do clube, Jéssica Ferreira, e a diretora de História e Responsabilidade Social do CRVG, Clarissa Arteiro. Pelo MPRJ, estiveram presentes Isabela Jourdan, Patrícia Carvão e a promotora Fernanda Vieira de Moraes.
Segundo o MPRJ, o pacto é coordenado pelo CAOVD, com apoio da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Direitos Humanos e Proteção à Vítima e do NAV. O órgão informou que já iniciou diálogo com outros clubes para planos de ação contra assédio e discriminações de gênero.