Parlamentares da CPMI do INSS apresentaram requerimentos para convocar Leila Pereira, presidente do Palmeiras e da Crefisa, a depor. Os pedidos são de Fábio Costa (PP-AL), Evair Vieira de Melo (PP-ES) e Marcos Rogério (PL-RO).
Além disso, os autores citam denúncias de consignados sem autorização a aposentados e pensionistas. Eles apontam ainda a atuação da Crefisa na folha do INSS. A empresa venceu 25 dos 26 lotes no leilão que definiu pagamentos entre 2025 e 2029.
O INSS suspendeu parcialmente o contrato por “descumprimento de cláusulas” e “irregularidades”, após reiteradas reclamações, segundo a autarquia. As queixas relatam atrasos, recusas de pagamento, dificuldades de saque e venda casada, entre outros pontos.
Já Vieira de Melo justificou a convocação com dados de reclamações oficiais e decisões do INSS.
“Dados oficiais da Secretaria Nacional do Consumidor confirmam que as reclamações contra a Crefisa praticamente dobraram entre 2024 e 2025. Ademais, a própria instituição já teve contratos suspensos pelo INSS em razão de irregularidades constatadas”.
Depois, Marcos Rogério sustentou que a Crefisa firmou contratos superiores a R$ 12 bilhões após o leilão.
“A vitória da Crefisa — uma instituição de porte médio, tradicionalmente voltada ao crédito pessoal — sobre grandes conglomerados bancários gerou ampla repercussão no setor financeiro e levantou questionamentos quanto aos critérios técnicos e financeiros utilizados na seleção dos vencedores”.
Por fim, Fábio Costa afirmou que os achados já revelam problemas estruturais e justificam a investigação. Os três requerimentos ainda serão analisados pelo colegiado.
“A magnitude dos problemas registrados demonstra que não se tratam de falhas pontuais, mas sim de irregularidades sistêmicas que colocaram em risco o direito fundamental de milhões de segurados de receber seus benefícios de forma regular, segura e digna. Tais circunstâncias inserem diretamente a atuação da instituição no âmbito de investigação desta CPMI”.