Após o empate entre Atlético e Santos, Yasmin Volpato, esposa do zagueiro Lyanco, do Atlético-MG, publicou um vídeo com um desabafo nas redes sociais. A postagem aconteceu em um momento em que o defensor ve sendo alvo de muitas críticas e após o pênalti cometido na partida em questão.
Além de cometer o pênalti contra o Santos, Lyanco também foi mal na derrota para o Cruzeiro, na última quinta-feira (11). No vídeo publicado nas redes sociais, Yasmin afirmou que quem está de fora não conhece a rotina de uma esposa de jogador e descreveu dores e críticas que chegam após os jogos.
“Ah, você é esposa de jogador. Eu sabia! Não, você não sabe. Você sabe apenas o que você enxerga e deduz. Mas eu não. Eu vivo tudo: os altos e baixos. Quando os tempos são difíceis para eles, a esposa sente também. As frustrações públicas, a dor, a decepção, os calos e feridas nos pés escondidos por trás das chuteiras. A gente escuta as críticas e precisa estar pronta para defendê-los após um jogo, confiantes de que no próximo será melhor. Porque o futebol não perdoa, as pessoas não perdoam”, iniciou.
Depois, ela afirmou que é difícil não levar as reações da torcida para o lado pessoal, citando a pressão constante e os bastidores da profissão do marido.
“É quase impossível não levar para o lado pessoal, porque a gente vive os bastidores. As incertezas, o favoritismo, a pressão, a falsidade e as opiniões. Tudo isso a gente sente. E aí, do nada, testemunhamos as reviravoltas após os contratempos, porque Deus sabe o que está fazendo quando nos lança no deserto. Treinos, rotina, sacrifício, resiliência, renúncia, jogos, os fãs, a cobrança, o dinheiro, a cobrança novamente. Se ele ganha, eu ganho. Se ele perde, eu perco. Não é tão fácil ser o sistema de apoio. Eu preciso estar quase sempre bem na chegada dele após um jogo ruim. Porque lá fora, como eu falei, as pessoas não perdoam.”
Yasmin também rebateu a volatilidade das redes e criticou ameaças recebidas pela família.
“As mãos que te aplaudem são as mesmas mãos que digitam coisas horríveis nas redes sociais, que até ameaçam a nossa família. Você joga bem, você é o cara. Fez um jogo ruim, precisa parar de jogar futebol. Talvez porque todos possuem uma vida perfeita e são 100% perfeitos nos trabalhos todos os dias, sem erros. Talvez. Mas no futebol não existe perfeição.”
Por outro lado, ela destacou renúncias pessoais e a fé como base para sustentar o marido nos momentos difíceis.
“A tal esposinha tem nome, tem história, tem renúncias e tem uma fortaleza dentro dela. Primeiro porque ela é obrigada a ser sábia, enquanto o mundo apedreja pelo fanatismo. Segundo porque ela vê cada esforço, cada sacrifício. E ela luta junto por isso. Ela precisa se diminuir todos os dias para que Jesus cresça nela. Dobrar os joelhos para orar, quando eles estão sem força. Fazer enxergar o lado bom quando eles estão cansados. Ela precisa ser muralha. Mas ela também entende que sozinha ela não consegue. Jesus é a força dela. Assinado: a tal esposinha de jogador”.