A assembleia de credores do Vasco, realizada na quinta-feira (09 de outubro), na Barra da Tijuca, reuniu cerca de 100 pessoas. A abertura teve um desabafo de Valdir Bigode, em rota de colisão com a diretoria de Pedrinho.
Ele cobrou revisão do plano de pagamento e, mais tarde, aprovou a proposta. Após o discurso, a sessão foi suspensa por uma hora. Depois das 20 horas (horário de Brasília), o plano foi aprovado por ampla maioria, com quase 98% dos votos.
Nas últimas semanas, ex-jogadores e clubes apresentaram objeções ao plano na 4ª Vara Empresarial da Capital. Os documentos apontaram ilegalidades, deságio considerado abusivo e ausência de viabilidade econômica.
Valdir já havia se posicionado contra a proposta e foi processado pelo clube após acusar irregularidades na fila de pagamento. Ele relatou receber ameaças e afirma ter cerca de R$ 4,5 milhões a receber.
Em depoimento, o ex-atacante cobrou respeito e criticou os termos do plano apresentado pelo clube e pela SAF vascaína. “Isso aqui é, juridicamente não tem como… Prestem atenção nos valores, todos estão precisando. Eu também preciso do meu…”.
O administrador judicial interrompeu a fala e pediu que Valdir fosse breve. “Valdir, com todo respeito a você, eu vou pedir que você termine a sua manifestação. Com todo o respeito, mas tem mais pessoas que precisam falar e o momento agora realmente não é o momento para que a gente possa discutir alguma coisa nesse sentido”.
Valdir pediu mais tempo para concluir o relato e ressaltou que aquele era seu único espaço de fala.
“Posso mais um minuto? Me desculpa, me desculpa, eu sei, vou terminar. Mas eu, assim, discordo dos senhores de uma situação. Esse é o único momento que eu tenho. Ninguém vai me ouvir nunca mais, como não me ouviram. Tem 21 anos, ninguém me ouviu. (interrompido com aplausos).”.
Na véspera, o Vasco apresentou aditivo ao plano e intensificou a busca por votos, com a SAF vascaína e a Alvarez & Marsal. O documento incluiu a subclasse “Beneméritos parceiros”.