O Fluminense aguarda resposta da Fifa para contratar o meia-atacante Kgomotso Madiba, de 17 anos, da Stars of Africa Football Academy, da África do Sul. O jovem esteve recentemente no Brasil em um intercâmbio e agradou aos profissionais da base do clube.
O Tricolor planeja assinar um contrato de três anos com o jogador assim que ele completar 18 anos, em dezembro. Além disso, aguarda definição da Fifa sobre o training compensation — mecanismo que prevê compensação financeira ao clube formador quando o jogador assina seu primeiro contrato profissional.
A negociação com Madiba não é um movimento isolado. Ela faz parte de uma estratégia mais ampla do Fluminense de captação de talentos e fortalecimento da marca em mercados pouco explorados, como o africano.
Ações do Fluminense
Neste contexto, o clube promoveu recentemente um camp em Luanda, capital de Angola, tornando-se o primeiro clube brasileiro a realizar esse tipo de ação no continente africano.
Durante cinco dias, cerca de 80 jovens entre 6 e 16 anos participaram de atividades técnicas e táticas ministradas por três profissionais de Xerém.
“Aplicamos a metodologia dos Moleques de Xerém para crianças e adolescentes angolanos e todos foram muito receptivos. Podemos dizer que Angola agora é Tricolor”, afirmou Daniel Pinheiro, técnico da equipe Sub-20 B do Fluminense e um dos responsáveis pela missão.
O projeto internacional do clube, que já promovia camps nos Estados Unidos, México e República Dominicana, agora mira também o Zimbábue como próximo destino. A presença internacional faz parte do esforço do Tricolor em consolidar sua base e expandir sua marca globalmente.
Barreiras regulatórias
Apesar do interesse em Madiba, o Flu encontra limitações pela regulamentação da Fifa, que proíbe clubes de contratarem atletas estrangeiros menores de 18 anos, exceto em casos muito específicos. Essa mesma regra impede acordo imediato com outros jovens observados durante o camp em Angola.
A exceção pode ser feita, porém, quando o clube apresenta comprovação de aspectos legais e educacionais, ou quando o atleta e sua família se transferem por motivos não relacionados ao futebol.