Em entrevista ao Charla Podcast, o ex-atacante Muller, ídolo do São Paulo e ex-Seleção Brasileira, falou sobre sua relação com o Maracanã e com a torcida do Flamengo. O episódio foi publicado na última quinta-feira (4).
A conversa retomou lembranças do início dos anos 90, período em que o jogador estava na Itália, enquanto seguia carreira por grandes clubes do país.
Além de vestir a Amarelinha com o título da Copa do Mundo de 1994, Muller jogou por São Paulo, Santos, Palmeiras e Corinthians. Pelo Tricolor, somou 373 jogos e 152 gols, em três passagens. Pela Seleção, fez 56 jogos e 12 gols.
Já no exterior, atuou por Torino, da Itália, e Kashima Reysol, do Japão. No total, foram 734 jogos e 274 gols. Depois, conquistou Libertadores e Mundial em 1992 e 1993 pelo São Paulo.
Questionado no programa sobre qual time tinha o sonho de defender e não teve a oportunidade, o ex-Seleção falou de uma chance no início da década. Segundo ele, o contato ocorreu quando estava no Torino. Na sequência, ele detalhou a conversa e explicou por que priorizou o São Paulo em 1991.
“Gostaria de ter jogado no Flamengo. Eu tive chance e não fui. Eu estava jogando no Torino, da Itália, e tinha um cara que era muito amigo da diretoria na época. Ele me ligou e perguntou: ‘Müller, você aceitaria acertar com o Flamengo?’. Eu falei: ‘Claro, sem problema!’. Mas aí já tinha proposta do São Paulo na frente e eu priorizei o São Paulo. Isso foi em 1991”.
Em outro momento, o ex-atacante exaltou a torcida do Flamengo e citou uma canção ouvida no Maracanã. Ele disse que atuou várias vezes contra o clube carioca no estádio.
Além disso, descreveu a reação que a música provocava quando estava em campo diante das arquibancadas lotadas.
“Eu joguei vários jogos contra o Flamengo no Maracanã. A torcida tem uma música maravilhosa, até hoje eu me arrepio quando ouço. É aquela: ‘Ó, meu Mengão, eu gosto de você! Quero cantar ao mundo inteiro a alegria de ser Rubro-Negro! Conte comigo, Mengão!'”.
Na sequência, Muller relatou o impacto dessa cantoria em partidas no Maracanã e mencionou públicos numerosos no estádio. Ele disse que aquele ambiente influenciava o desempenho dos atletas em campo, especialmente pela força das arquibancadas.
“Quando eu ouvia essa música em campo, arrepiava até o rabo (risos). Não tem jeito de você não jogar para uma massa dessas. Eu presenciei várias vezes jogando contra o Flamengo mais de 100 mil pessoas no Maracanã cantando essa música”.