A transferência de Marcus Uberaba para o futebol dos Emirados Árabes Unidos marca o fim de uma trajetória vitoriosa pelas categorias de base do Palmeiras. O meio-campista de 19 anos, revelado pelo clube paulista, foi negociado com o Al-Wasl, equipe atualmente treinada por Luís Castro. O jogador será, a princípio, integrado ao time Sub-21 da agremiação árabe.
Desde sua chegada ao Verdão, em 2017, quando tinha apenas 11 anos, Marcus participou de uma geração marcada por conquistas expressivas no futebol de base. O jovem conquistou títulos como o Campeonato Brasileiro Sub-17 (2022 e 2023), a Copa do Brasil Sub-17 (2022 e 2023), além de edições do Campeonato Paulista nas categorias Sub-11, Sub-13, Sub-15 e Sub-17.
A transação segue o modelo que o Palmeiras tem adotado nos últimos anos, buscando retorno técnico e financeiro com atletas oriundos da formação. No caso de Marcus, o clube paulista manteve 40% dos direitos econômicos do jogador, o que garante participação em uma eventual negociação futura.
O Al-Wasl já havia contratado outro atleta revelado pelo Palmeiras recentemente. O zagueiro Gabriel Vareta também foi adquirido pelo clube árabe, em negociação avaliada em aproximadamente R$ 20 milhões. Assim como Uberaba, Vareta passou por todas as etapas da base do Verdão e acumulou títulos nas categorias de formação.
A movimentação evidencia a crescente presença de clubes do Oriente Médio no mercado de jovens talentos brasileiros. Apesar de Marcus Uberaba ainda não ter atuado pela equipe principal do Palmeiras, seu desempenho nas categorias inferiores atraiu a atenção internacional, o que reforça a valorização do projeto de base do clube.
Segundo o site ‘Nosso Palestra’, a confirmação da negociação reforça a política palmeirense de desenvolver atletas com potencial de mercado. O clube aposta que, mesmo com a saída precoce de jogadores para o exterior, é possível manter uma estrutura sustentável e competitiva, tanto esportiva quanto financeiramente.
Atualmente, o time principal do Palmeiras segue focado nas competições nacionais, enquanto os dirigentes mantêm atenção às oportunidades da janela de transferências do meio do ano, principalmente para atletas que não fazem parte do elenco profissional imediato.