O atacante Endrick, uma das maiores promessas do futebol brasileiro, enfrenta um período de estagnação no Real Madrid. No próximo domingo (19), quando o clube enfrenta o Getafe pela La Liga, o jogador completará 154 dias sem entrar em campo.

A última aparição oficial do camisa 9 foi em 18 de maio, contra o Sevilla, quando sofreu uma lesão no músculo posterior da coxa direita.

Desde que foi liberado pelo departamento médico e voltou aos treinos com bola, no dia 18 de setembro, Endrick foi relacionado em cinco partidas, mas permaneceu no banco de reservas em todas elas.

Apesar da inatividade, o atacante de 19 anos reforça o desejo de permanecer no clube espanhol. O Real Madrid, por sua vez, também não cogita negociá-lo.

Pressão externa por oportunidades

A ausência prolongada de Endrick em campo tem gerado debates fora dos bastidores merengues. Durante o evento beneficente “Jogando Juntos pelo Unicef”, neste domingo (12), o ex-lateral Cicinho opinou sobre a situação do jovem:

“Se o espaço é pouco, melhor sair. Endrick é muito bem assessorado. Nós queremos vê-lo jogando. Fiz parte do Real Madrid e sei o quanto a concorrência é difícil. Perdi espaço e optei pela saída porque queria ser feliz e jogar”, declarou o ex-jogador à ESPN.

A fala de Cicinho encontra eco fora do campo. O cantor MC Poze do Rodo também usou as redes sociais para comentar a situação do brasileiro. Em vídeo publicado no Instagram, o funkeiro afirmou:

“Olha o Endrick, novinho. Tem o risco de virar futuro meme, ele nem joga. O cara é banco do banco.”

Endrick quer seguir no clube

Apesar das opiniões externas, o atacante e seu estafe permanecem firmes em seu plano. Segundo informações apuradas pelo Metrópoles, o desejo do atleta é seguir no Real Madrid, confiando que sua oportunidade virá no momento certo.

Expectativa para o retorno

A próxima chance para Endrick voltar aos gramados será no domingo (19), às 16h (horário de Brasília), contra o Getafe, pela 28ª rodada da La Liga. A expectativa pela reestreia cresce entre torcedores e analistas, mas a decisão final sobre seu aproveitamento segue nas mãos da comissão técnica.

Carlo Ancelotti vai colocar em prática uma série de mudanças no amistoso da Seleção Brasileira contra o Japão, nesta terça-feira (14), às 7h30 (de Brasília), no Estádio Ajinomoto, em Tóquio.

Ao todo, oito alterações foram realizadas em relação ao time que goleou a Coreia do Sul por 5 a 0, na última sexta-feira. A reformulação faz parte da estratégia do treinador de ampliar as observações visando a convocação final para a Copa do Mundo de 2026.

Apenas Casemiro, Bruno Guimarães e Vini Jr. foram mantidos na escalação inicial durante o treino realizado nesta segunda-feira. O restante da equipe foi todo modificado, incluindo o sistema tático, que treinou a equipe no esquema 4-3-3, diferente da formação utilizada nos compromissos anteriores.

Equipe com novidades

A provável escalação testada por Ancelotti conta com Hugo Souza no gol, substituindo Bento. A linha defensiva teve Paulo Henrique, Fabrício Bruno, Lucas Beraldo e Carlos Augusto.

No meio-campo, Casemiro atuou ao lado de Bruno Guimarães, que teve sua função modificada para jogar mais adiantado, quase como um meia, ao lado de Lucas Paquetá. O trio ofensivo foi formado por Luiz Henrique, Vini Jr. e Gabriel Martinelli.

A mudança de posicionamento de Bruno Guimarães é uma das principais apostas do treinador. O jogador, único titular em todas as partidas sob o comando de Ancelotti, deixa de atuar lado a lado com Casemiro e avança para exercer uma função mais criativa.

Já Vini Jr., habitualmente acionado pelas pontas, passa a atuar mais próximo da grande área, quase como um centroavante.

Outro destaque é a inclusão de Hugo Souza entre os titulares. O goleiro será o 38º jogador utilizado por Ancelotti desde o início de seu ciclo na Seleção, que já convocou 45 atletas diferentes. A lista tende a aumentar até a definição do grupo que disputará o Mundial.

Retrospecto e expectativas

Brasil e Japão já se enfrentaram 14 vezes na história, com ampla vantagem brasileira: 12 vitórias e dois empates. Em solo japonês, a Seleção venceu todos os oito jogos disputados, incluindo goleadas expressivas como o 5 a 1 em 1995 e os dois 4 a 0 em 2012 e 2014.

O último encontro aconteceu em junho de 2022, com vitória brasileira por 1 a 0.

Kylian Mbappé reconheceu, em entrevista ao ex-jogador Jorge Valdano, que só não chegou antes ao Real Madrid por questões ligadas ao momento da equipe espanhola. O francês ainda revelou que recusou uma proposta aos 18 anos, apesar do desejo antigo de vestir a camisa merengue.

A recusa de Mbappé se deu porque avaliou que não teria espaço como titular diante de nomes como Cristiano Ronaldo, Karim Benzema e Gareth Bale. Segundo o atacante, a prioridade à época era desenvolver-se jogando com frequência.

“Quando saí do Mônaco, aos 18 anos, eu tinha muito claro que queria jogar. E o Real Madrid tinha Benzema, Cristiano e Bale. Eu não queria ficar no banco”, afirmou. “Claro que eu tinha o sonho de jogar pelo Real Madrid, mas ser titular é um privilégio”.

Atualmente no Real Madrid e vivendo sua primeira temporada no clube, Mbappé já assumiu o protagonismo ofensivo da equipe. Ele soma 69 jogos, 58 gols e sete assistências. O francês conquistou a Supercopa da Uefa e a Copa Intercontinental desde sua chegada.

Conselhos de um ídolo

Durante a entrevista, o atacante também detalhou a relação que mantém com Cristiano Ronaldo, seu maior ídolo na infância. Mbappé contou que mantém contato com o português, de quem recebe orientações e apoio.

“O Cristiano sempre foi um modelo, um exemplo para mim. Tenho sorte de conversar com ele, de ter seus conselhos. Ele me ajudou. No Real Madrid, ele é o número um, o jogador-chave. As pessoas, mesmo agora, sonham com ele”, declarou o camisa 10 francês.

“Quero seguir meu próprio caminho. Espero que as pessoas também sonhem comigo. Que seja um momento histórico para mim e para o Real Madrid”.

Situação atual

Além de ser o principal nome do Real Madrid na temporada europeia, Mbappé também está em atividade com a seleção da França. A equipe lidera o Grupo D das Eliminatórias da Copa do Mundo, com nove pontos em três partidas. A próxima partida será contra a Islândia, fora de casa.

Fayza Lamari, mãe de Kylian Mbappé, marcou sua participação em um evento na França com um desabafo sobre os efeitos da fama na vida pessoal do filho. Durante o encontro, ela revelou que o astro do Real Madrid encontra dificuldades para viver com liberdade longe dos gramados, mesmo em uma fase consagrada da carreira.

Segundo Lamari, o jogador de 26 anos “se sente muito mais à vontade em campo do que fora dele”. A mãe descreveu que o atacante vive uma rotina extremamente limitada fora dos treinos e jogos, o que a deixa entristecida.

“Fora de campo, ele não tem uma vida, mas é a que ele escolheu”, afirmou.

Pressão, solidão e renúncias

Durante sua fala, Fayza compartilhou episódios que exemplificam o isolamento vivido por Mbappé. Um deles remete a uma conversa entre os dois, quando ela sugeriu que o filho buscasse um relacionamento amoroso.

“Perguntei se ele não queria uma namorada. Ele me disse: ‘Você vê uma mulher nessa confusão?’”, contou.

Em outro momento, ela relatou que, em tempos menos conhecidos, o atacante ainda conseguia circular com discrição. “Às vezes, ele dava uma volta pelo anel viário em um Peugeot 206, só para ver como era. Ele nem consegue mais andar na rua. Isso me deixa triste”, declarou Fayza.

Fama desde cedo e desempenho de destaque

Mbappé alcançou o estrelato internacional aos 19 anos, quando foi campeão mundial com a seleção francesa na Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Em 2022, no Catar, teve atuação marcante ao marcar três gols na final contra a Argentina, apesar da derrota nos pênaltis.

Atualmente, está em sua segunda passagem pelo Real Madrid, onde já acumula 14 gols e duas assistências em 10 partidas nesta temporada europeia.

A mudança para Madri, após anos sob os holofotes em Paris, trouxe um pouco mais de tranquilidade, segundo a mãe do jogador. “Ele disse que está um pouco mais calmo em Madri do que em Paris”, revelou Fayza durante o evento.

Reconhecimento em meio ao sacrifício

Apesar de todos os desafios fora das quatro linhas, Mbappé segue como um dos jogadores mais influentes do futebol mundial. Sua habilidade técnica, aliada à liderança dentro de campo, o mantém como peça central tanto no Real Madrid quanto na seleção francesa.

No entanto, como apontou sua mãe, essa grandeza tem um custo: “Ele paga um alto preço pela sua grandeza”, concluiu Fayza.