Desde que chegou ao Atlético, em 2021, Hulk tem sido uma das figuras mais influentes do elenco alvinegro. No entanto, a liderança do camisa 7 é acompanhada de uma série de polêmicas com a arbitragem. O atacante acumula 66 cartões amarelos pelo clube, sendo 13 apenas nesta temporada. Desses, 10 foram por reclamações. Esse cenário levou o ex-jogador Rivaldo, vencedor da Bola de Ouro de 1999, a se manifestar em defesa do atleta.
Em meio às críticas sobre seu comportamento com a arbitragem, Rivaldo avaliou que a postura combativa de Hulk é parte do seu perfil competitivo e da responsabilidade que carrega como líder. “Acho que todo mundo precisa entender que esse é o estilo do Hulk. Ele luta pelo time e dá a vida dentro de campo e é muito esforçado em ganhar sempre. E por ser capitão do time durante muito tempo, sente mais autoridade de falar com o árbitro e esse estilo mais enérgico de sempre querer falar e lutar pelo time no campo e isso leva a esses cartões”, disse.
Rivaldo também apontou que o acúmulo de punições pode ter criado um estigma entre os árbitros. “Já vi muitos cartões que achei que ele não merecia, mas, como ele acaba levando cartão o tempo todo, ele fica marcado pelos juízes com um cara que reclama demais e que pode atrapalhar o trabalho do árbitro. Claro que tiveram situações que ele talvez tenha passado do limite, mas isso é algo que acontece por conta do estilo dele de querer brigar sempre dentro do campo”.
Ainda segundo o ex-jogador, a decisão recente de Hulk em abrir mão da braçadeira de capitão pode ser benéfica. “Se ele não for mais capitão, como disse que não gostaria mais de ser, talvez isso melhore um pouco para ele, porque o capitão sempre vai ser o que fala mais com os juízes”.
Atualmente com 39 anos, Hulk vive um momento de instabilidade. Sem marcar há oito partidas e afastado na rodada anterior por suspensão, o atacante tenta retomar o protagonismo na equipe. Sua volta está prevista para o confronto diante do Fluminense, no sábado (04 de outubro), às 18h30 (horário de Brasília), no Maracanã, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Apesar da fase recente, o histórico do jogador contra o Fluminense é positivo. Em 13 confrontos, Hulk marcou sete gols contra o clube carioca, o que faz do Tricolor sua segunda maior vítima no futebol nacional. O último gol do atacante contra o adversário deste sábado, contudo, foi em 2022, pelo Brasileirão. Desde então, foram seis partidas sem balançar as redes.
O momento do Atlético também tem refletido no desempenho de Hulk. No último jogo, o time mineiro empatou sem gols com o Juventude, dentro da Arena MRV. Sem o atacante em campo, a equipe desperdiçou diversas chances, o que levou o técnico Jorge Sampaoli a comentar que o resultado poderia ter sido diferente com a presença do camisa 7.
Portanto, enquanto o Atlético tenta se recuperar no Brasileirão e Hulk busca encerrar os jejuns individuais, o cenário que envolve o jogador passa não só pelo campo, mas também pela gestão de sua imagem diante da arbitragem. A retomada da confiança pode começar justamente diante de um velho conhecido.