Aos 24 anos, Rodrygo reencontrou a seleção brasileira nesta Data Fifa com opiniões diretas sobre o momento atual da equipe. Convocado para os amistosos diante da Coreia do Sul, na sexta-feira (10 de outubro), e contra o Japão, na terça-feira (14 de outubro), o atacante do Real Madrid concedeu entrevista coletiva e analisou com franqueza o estágio do time nacional e a expectativa da torcida para a próxima Copa do Mundo.
Durante a conversa com os jornalistas, o camisa 10 da seleção reconheceu a distância entre o desempenho atual e aquele apresentado pelo grupo que disputou o Mundial de 2022. Para ele, a comparação evidencia um cenário menos promissor, tanto em campo quanto na confiança da torcida.
“A gente tinha um time muito melhor (em 2022) e não aconteceu”, afirmou o atacante, ao citar a eliminação nas quartas de final da última edição do torneio.
Apesar do tom realista, Rodrygo vê a desconfiança geral como um possível fator motivacional para o grupo comandado por Carlo Ancelotti. Ele destacou que a ausência de expectativa pode, paradoxalmente, impulsionar a equipe rumo ao título.
“Nessa, que todo mundo desconfia e não espera (o título da Copa), pode ser que a gente ganhe. Essa tem que ser a esperança e motivação. Mas estamos bem e preparados. Tem tudo para dar certo”, declarou, mostrando otimismo cauteloso.
Em outro momento, o atacante ressaltou o peso da camisa da seleção e a responsabilidade de manter viva a tradição vitoriosa do país no cenário mundial. Segundo ele, o histórico da seleção ainda impõe respeito aos adversários, mesmo diante de uma fase instável.
“Por sermos o Brasil e por termos uma história como essa, sempre podemos sonhar. Conquistamos o respeito dos adversários. Somos pentacampeões, mesmo sem termos jogado bem nos últimos anos”, afirmou o jogador.
Aliás, Rodrygo também refletiu sobre o processo de amadurecimento da equipe. Segundo ele, as dificuldades fazem parte do caminho até o sucesso, e o grupo atual tem enfrentado seus próprios desafios desde o início do ciclo.
“A gente está bem, teve dificuldade e ainda tem. Mas para ganhar tem que passar por dificuldades, processo. Eu participei de boa parte do ciclo da Copa passada. Talvez, para muitos, a gente estava preparado (para ser campeão)”, observou.
Os próximos compromissos serão importantes para avaliar o rendimento da seleção sob o comando de Ancelotti, que iniciou seu trabalho recentemente. As partidas contra Coreia do Sul e Japão serão disputadas na Ásia, às 8h e 7h30 (horário de Brasília), respectivamente.