Durante o processo de reforma de São Januário, o Vasco da Gama se vê diante da necessidade de encontrar um novo estádio para mandar seus jogos em 2026. A tradicional casa cruz-maltina passará por obras estruturais que devem durar até três anos, o que força o clube a buscar alternativas viáveis tanto do ponto de vista logístico quanto financeiro.
Nesse contexto, duas opções despontam como mais prováveis: o estádio Luso-Brasileiro, da Portuguesa, e o Nilton Santos, administrado pelo Botafogo. A proposta mais concreta até o momento foi apresentada pela Portuguesa, que colocou seu estádio à disposição do Vasco, conforme revelou o jornalista Venê Casagrande. O Luso-Brasileiro passou por reformas recentes e teve sua capacidade aumentada para 14 mil torcedores. A meta da administração é alcançar os 25 mil lugares, com a venda dos naming rights, o que amplia o potencial de uso da arena para jogos de maior público.
Embora esteja passando por adequações, o Luso-Brasileiro já recebeu elogios pela nova configuração de arquibancadas, agora posicionadas de forma mais próxima ao campo, criando uma atmosfera semelhante à de São Januário. Essa característica é vista como positiva pelos dirigentes, que buscam preservar o ambiente hostil ao adversário e acolhedor ao torcedor vascaíno.
Por outro lado, o clube também iniciou conversas com o Botafogo para utilizar o Nilton Santos como casa provisória. O estádio tem capacidade superior e oferece melhor estrutura para partidas de grande porte, mas envolve uma logística mais complexa e custos mais altos, além de depender da boa vontade do rival carioca para liberação do local em datas estratégicas.
A definição sobre onde o Vasco mandará seus jogos precisa ser feita com urgência. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) exige a antecipação dessa informação para fins de registro e calendário da temporada 2026. Nesse cenário, o fator tempo pesa consideravelmente nas negociações.
A utilização do Luso-Brasileiro representa, portanto, uma solução mais simples e de menor custo. Além disso, a relação amistosa entre os clubes facilita a negociação, e a Portuguesa demonstra interesse em ampliar a parceria com o Vasco.
Enquanto as negociações seguem, o Vasco aguarda a liberação oficial do termo de transferência do potencial construtivo de São Januário, fundamental para o financiamento das obras. Com a documentação em fase final e a SOD Capital sinalizando investimento acima dos R$ 500 milhões, o clube projeta o início da reforma para janeiro do próximo ano.