Com a conclusão da 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, a situação do Atlético na tabela apresenta desafios consideráveis para quem ainda alimenta o desejo de disputar a próxima edição da Copa Libertadores da América. O empate sem gols diante do Juventude, na Arena MRV, manteve o clube distante da zona de rebaixamento, mas igualmente afastado das primeiras posições.
Atualmente, o time ocupa a 14ª colocação, com 29 pontos. A diferença para o sexto colocado, o Bahia, é de 11 pontos — margem que limita fortemente as chances matemáticas do Galo alcançar o G6. Segundo os cálculos do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a probabilidade de classificação para a Libertadores é de apenas 3,7%.
Além disso, o cenário ainda exige cautela quanto à permanência na elite. Embora o risco de queda para a Série B esteja controlado, ele existe. A UFMG indica uma chance de 8% de rebaixamento, número que subiu levemente em relação à rodada anterior, quando era de 7,6%. O time mineiro está quatro pontos acima do Vitória, primeiro clube dentro do Z4.
Por outro lado, um alento no planejamento alvinegro é a existência de dois jogos atrasados. Um deles está agendado para terça-feira (08 de outubro), contra o Sport, em Belo Horizonte. O outro, frente ao Fortaleza, ainda não tem data definida. Esses confrontos oferecem oportunidade de recuperação na tabela e podem redefinir o posicionamento do Atlético nas rodadas finais.
A agenda imediata também é desafiadora. Neste sábado (04 de outubro), a equipe enfrenta o Fluminense, às 18h30 (horário de Brasília), no Maracanã. Em seguida, além do duelo com o Sport, o Galo encara o clássico contra o Cruzeiro, no dia 15 de outubro, e depois visita o Corinthians, no dia 18.
A sequência é crucial, pois, mesmo com chances remotas de Libertadores, o clube busca assegurar ao menos uma vaga na Sul-Americana. Nesse aspecto, as projeções são mais favoráveis: 53,3% de probabilidade de classificação, de acordo com a mesma fonte.
Com base nas estimativas atuais, uma equipe garante a permanência na Série A com 49 pontos. A partir dos 43, o risco de queda já é inferior a 10%, e aos 42, considerado baixo, com apenas 22,1% de probabilidade de rebaixamento. Portanto, a missão alvinegra envolve somar no mínimo 14 pontos nas próximas 12 rodadas para fugir do risco de descenso.
Assim sendo, embora o caminho para a Libertadores esteja cada vez mais estreito, a manutenção na Série A e a luta por vaga na Sul-Americana permanecem como metas concretas para o restante da temporada.