Gerson em ação pelo Flamengo no jogo contra o Bahia, pelo Campeonato Brasileiro de 2020 (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
As palavras usadas em campo para ofender Gerson refletiram no vestiário do Flamengo como mais um fator de união de um elenco que deu demonstrações de sintonia em capítulos recentes. O episódio envolvendo o camisa 8 no duelo com o Bahia e todo o contexto que compreendeu a vitória renovaram a crença e deram uma indicação de que a conquista do Brasileiro é possível.
Pouco depois do jogo, ainda no Maracanã, jogadores do Rubro-Negro deram apoio e ‘compraram o barulho’ do volante. Alguns, inclusive, de maneira pública, através de publicações em redes sociais. Gerson, por sua vez, ainda está bastante chateado e não esconde o desconforto com toda a situação, mas já externou saber o peso do ocorrido e a importância de o caso ser levado à frente.
A injúria racial contra um membro do time se tornou mais um motivo para o grupo se abraçar. Recentemente, o elenco já havia demonstrado uma convergência pelo técnico Rogério Ceni, que teve um começo de caminhada no clube com um retrospecto não tão positivo e chegou a ser contestado. Além disso, houve também comunhão em torno do goleiro Diego Alves no decorrer das longas negociações para a renovação de contrato. O imbróglio terminou com um final feliz e o “fico” do camisa 1.
Agora, o ataque a Gerson fez, novamente, o elenco dar as mãos. Soma-se a isso, uma vitória conquistada em um cenário desfavorável. Com um a menos desde antes dos 10 minutos de jogo, o Flamengo tomou a virada e esteve perdendo por 3 a 2, mas encontrou forças para cravar o 4 a 3 nos minutos finais e obter com os três pontos.
Após o confronto, Ceni, inclusive, enalteceu a “força mental” do time para sair de campo com o triunfo depois de tudo. Há cerca de um mês, na eliminação na Copa do Brasil e pouco tempo depois da chegada à Gávea, o treinador havia apontado esse como um ponto fraco da equipe.
O resultado positivo se tornou essencial para, como nas próprias palavras do comandante, “manter vivo” o time no Brasileiro, uma vez que impediu que o líder São Paulo abrisse uma vantagem de pontos ainda maior na ponta. Hoje, cinco pontos separam os dois times e os cariocas têm uma partida a menos.
Gerson vai prestar depoimento hoje (22) na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Além do jogador, outros envolvidos também serão chamados para serem ouvidos e o caso ser esclarecido.
O departamento jurídico do Flamengo está acompanhando todo o andar do processo, juntamente aos advogados do camisa 8.
Retirado de: UOL
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O problema foi chamar Gerson de Negro, e se chama-se de meu louro?
Esquece isso, flamengo devia comprar este Ramirez, jogador muito bom. Ia fazer um meio campo muito bom com Gerson, que atualmente é o melhor meio campo do mundo, pode escrever isso aí.
Também vejo por esse lado. O garoto é bom e deve ser barato. De cara já pode jogar no lugar do E.R. quando esse não estiver bem ou suspenso.
Muito bom jogador.
As pessoas estão confundindo as coisas. Discriminação é não deixar o cara entrar porque é negro. Não vender porque é negro. Não dar lugar porque é negro. Não atender porque é negro. Isso é crime. Agora chamar o cara de negro quando ele É negro, me parece um exagero.
Os Trapalhões hoje em dia seriam politicamente incorretos!
Alguns jogadores fraquinhos, acham que podem chegar em terras distintas e ficarem em pune... Imagina ele é no país dele, onde gente desumana e sem educação profere essa educação dele.
A esfera competente da justiça, não pode deixar que o jogador do Bahia (Ramirez), alegando que também sofreu de injúria racial; minimize a situação é tudo se acabe em pizza!