A declaração de Paulo Nunes direcionada ao Botafogo

Torcida do Botafogo no jogo contra o Palmeiras pela Libertadores - Foto: Botafogo/Flickr

A noite da última quarta-feira (24/10), no Estádio Nilton Santos foi palco de um jogo histórico para o Botafogo de Futebol e Regatas. O Glorioso recebeu o Peñarol e aplicou uma goleada esmagadora, vencendo os uruguaios por 5 a 0, no primeiro jogo da semifinal da Copa Libertadores da América. Após a vitória do time carioca, que o coloca praticamente na final do torneio, o ex-jogador e, agora, comentarista Paulo Nunes analisou o confronto de maneira enfática.

Para ele, a presença do Peñarol nas semis da competição é incoerente pelo baixo nível técnico apresentado. “Com todo o respeito ao Peñarol, é o elefante em cima da árvore. Está lá, mas não sabe quem colocou”, analisou e projetou. “O Botafogo já está na final”.

Ao analisar a partida, Paulo Nunes pontuou a postura que o time uruguaio adotou no primeiro tempo, quando conseguiu segurar o ímpeto botafoguense e não teve a meta vazada.

“O Peñarol conseguiu colocar o primeiro tempo como queria, jogo físico, de contato físico, o Botafogo entrou na pilha, mas não pode ser demais. O Peñarol jogou, teve até facilidade, o Botafogo não conseguia se encontrar, sem espaço”, pontuou e destacou a evolução do alvinegro carioca na segunda etapa do jogo.

“Luiz Henrique começou a entrar no jogo no fim do primeiro tempo, começa a achar espaço, é diferenciado com a bola no pé. O Botafogo foi melhorando, para no segundo tempo acontecer tudo aquilo”

Ele ainda ressaltou a capacidade de interferência positiva que o treinador português Artur Jorge teve para tranquilizar os jogadores da equipe da “estrela solitária”.

“Acho que a maior importância do treinador no vestiário é tirar a pilha, ter mais paciência, tirar o jogo físico, ter toque de bola, velocidade e entrarem os craques para decidirem”, disse e completou. “Teve movimentação, velocidade, passe do Luiz Henrique, que acha o Savarino um jogador diferenciado. O segundo gol é do Barboza, domina bem, a bola que Igor Jesus vai buscar no fim. Depois, de novo, Savarino dentro da área, o goleiro tenta segurar e passa. Absurdo o que joga o Vitinho, o que dá profundidade. A tranquilidade do Luiz Henrique no quarto gol, parece fácil. E tem a inteligência do Igor Jesus, podia cabecear forte, coloca por cima do goleiro, só o toquinho para encobrir o goleiro”.

Com a vaga para a final quase garantida, o Botafogo visita o Uruguai na próxima quarta-feira (30/10) a fim de confirmar a classificação para a final da Copa Libertadores da América. Com o resultado do primeiro jogo da semifinal, o Glorioso pode sofrer uma goleada por quatro gols de diferença para o Peñarol que mesmo assim estará na finalíssima, em novembro, disputada no Estádio Monumental de Núñez.

Marco Menezes