A declaração de André Silva direcionada a Calleri, do São Paulo

“Temos que trabalhar para depois colher”, disse André Silva

A história de André Silva no futebol é marcada por uma reviravolta improvável, que começou quase por acaso em 2019, no Arouca, de Portugal. Prestes a embarcar de volta ao Brasil, o jogador foi chamado às pressas para um amistoso devido à ausência do centroavante titular. O que parecia ser apenas mais uma partida tornou-se o ponto de virada de sua carreira.

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Em dois minutos em campo, André marcou um gol, convencendo o técnico Armando Evangelista de que ele tinha o perfil ideal para atuar como centroavante. A mudança foi decisiva: na temporada, ele anotou 12 gols e ajudou o time a subir de divisão.

“Eu nem imaginava que aquela oportunidade mudaria minha vida. Quando o treinador me propôs mudar de posição, aceitei o desafio. Foi assim que a minha carreira decolou”, relembra André.

Agora no São Paulo, André Silva vive um momento de ascensão. Com sete gols em 38 jogos na temporada, ele vem sendo decisivo nas últimas partidas, muitas vezes saindo do banco de reservas. Nesta quarta-feira, contra o Atlético-MG, deve ser titular, substituindo Calleri, que sofre com dores musculares.

Apesar de disputar posição com o ídolo argentino, André valoriza a relação respeitosa que mantém com o companheiro.

“Estou sempre disponível e disposto para ajudar o São Paulo. Seja com um, cinco, 90 ou 45 minutos. Tenho trabalhado com bastante humildade e respeito aos companheiros para também conseguir mais minutos. Acredito na meritocracia também. Sempre respeitando o companheiro que está disputando a posição comigo, é uma disputa sadia e respeitosa. Calleri tem muita história dentro do clube, conversamos bastante e temos uma amizade bacana. Mas encaro com respeito e muito trabalho que foi assim que aprendi na minha vida: temos que trabalhar para depois colher”, afirma.

André Silva também destacou a paixão pelo Tricolor como principal motivo para optar pelo clube, mesmo recebendo propostas de Vasco e Cruzeiro.

“Recebi outros convites, até com remunerações mais altas, mas sempre fui apaixonado pelo São Paulo. É o maior clube do Brasil para mim. A estrutura e a história daqui me motivaram muito. Estou feliz por fazer parte disso”, revelou.