Brasil

Final da Copinha no Pacaembu está ameaçada

A reabertura do estádio do Pacaembu, marcada para o próximo sábado (25) com a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, enfrenta incertezas. A ausência de um gestor de contrato responsável pela fiscalização das obras pode comprometer a entrega da reforma e, consequentemente, a realização do evento no local.

Após quase cinco anos de obras e um investimento de aproximadamente R$ 800 milhões, o contrato entre a Concessionária Allegra Pacaembu e a Prefeitura de São Paulo está sem gestor desde o dia 9 de janeiro. O advogado Eduardo Cappellini, que ocupava o cargo, foi remanejado sem explicação oficial, segundo publicação no Diário Oficial. Desde então, o processo de fiscalização ficou prejudicado, já que a legislação exige a presença de dois fiscais responsáveis: um gestor de nível superior e um fiscal auxiliar.

Atualmente, o único nome vinculado ao contrato é o de José Eduardo Gomes Figueiredo, fiscal auxiliar desde novembro de 2022. Contudo, especialistas em administração pública afirmam que Figueiredo, mesmo sendo servidor de carreira, não pode atuar como gestor principal. Esse papel cabia exclusivamente a Cappellini, responsável por assegurar o cumprimento das obrigações contratuais. Sem um novo gestor nomeado, a aprovação do alvará definitivo do estádio está travada.

A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) informou que existe um pedido de alvará temporário em análise para o evento, mas até o momento da última atualização desta reportagem, o documento não havia sido aprovado. A ausência do alvará compromete diretamente a viabilidade da final no estádio, que seria o grande marco da reinauguração.

Apesar das pendências burocráticas, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou em entrevista ao jornalista Rodrigo Bocardi, do Bom Dia SP, que a final da Copinha será realizada no novo Pacaembu reformado. ‘Está tudo dentro do prazo, e a final acontecerá no Pacaembu’, garantiu o prefeito, em tom confiante.

Porém, especialistas alertam que sem os devidos documentos e um gestor regularizado, o processo de ‘aceite’ da obra pela prefeitura pode ser comprometido. Essa situação reforça a dúvida sobre a possibilidade de o estádio estar, de fato, pronto para reabrir no próximo sábado.

Enquanto isso, torcedores e organizadores aguardam uma definição. A Federação Paulista de Futebol (FPF) já declarou que a realização da final no Pacaembu está condicionada à apresentação de todos os documentos necessários para a liberação do evento.

Leandro Azevedo

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