Fernando Diniz em coletiva pela Seleção Brasileira (Foto: Thais Magalhães/CBF)
Fernando Diniz não se envergonha de acumular as funções de treinador do Fluminense e da seleção brasileira, no período de julho de 2023 a janeiro de 2024.
No Charla Podcast desta quarta-feira (12), o treinador, atualmente sem clube após ser dispensado do Cruzeiro, garantiu que voltaria a desempenhar as duas funções.
”Aceitaria. Não acho que é o ideal acumular, mas aceitaria. Quando começou 2024, talvez eu chegasse para o Mário (Bittencourt) e falaria, se fico, a gente ganhou assim… Quem saiu perdendo mais foi a seleção do que o Fluminense. Quando eu estava no Fluminense, eu não tinha tempo, não via jogo dos caras, não tinha essa conexão, ligar para jogador. Perto da convocação tinha o pessoal que dava um compilado, mas eu ficava no Fluminense 100%”, disse.
”Quando eu ia para a seleção ficava 100% lá, mas técnico da seleção é muito mais do que isso. Quando fosse entrar o ano, poderíamos rever isso. Ia ter que escolher um lado. Mas acumular não é ideal. Mas não me arrependo de ter ido, aprendi coisa para caramba. Foi importante para minha experiência de vida. Teve muita coisa boa”, seguiu.
A permanência de Diniz na seleção foi breve. Apenas seis partidas pelas eliminatórias da Copa do Mundo foram realizadas, resultando em duas vitórias, um empate e três derrotas. No Fluminense, o treinador foi dispensado seis meses depois de vencer a CONMEBOL Libertadores, o maior feito de sua trajetória profissional.
Adicionalmente, Fernando Diniz ainda não conseguiu assimilar sua saída do Cruzeiro. No dia 27 de janeiro, a diretoria celeste demitiu o treinador devido a resultados negativos no começo da temporada.
Fernando Diniz, que foi contratado em setembro do ano passado, conquistou o vice-campeonato da CONMEBOL Sul-Americana, mas deixou o clube com um aproveitamento de apenas 35,2%. Em 18 partidas oficiais, ocorreram 4 vitórias, 7 empates e 7 derrotas.
“As pessoas, no fundo, conversam com você, mas te ouvem pouco. No fundo o cara contrata e quer resultado, quase sempre resultado imediato. Às vezes muda de uma quarta-feira para outra, em dois jogos. No Cruzeiro aconteceu isso. Jogamos contra o Atlético-MG no sábado, jogamos bem, poderíamos ter vencido por uns 2 a 0. Viajamos, jogamos bem no domingo, time mexido, ganhamos de 1 a 0 do Tombense. E tivemos um jogo ruim contra o Athletic, que é um bom time. Um tropeço que todo mundo vai ter. Já contaminou ambiente e de uma semana para outra teve desligamento”, desabafou o treinador.
“É uma coisa impregnada no futebol, de resultado imediato. E não tem. Olha na Europa. O Guardiola não vai ser mandado embora, provavelmente. O Arteta ficou um ano e meio tomando porrada. Copiamos da Europa o que não deveria: muito conceito tático, porque treina lá 40 minutos e tem que treinar 40 minutos… E não olhamos para o que precisamos fazer aqui dentro”, continuou.
“É difícil um cara que faz mais coisas para ganhar do que eu. Mas você não pode achar que ganhar é a única coisa que tem. É um processo de aprender a ganhar. O Cruzeiro empatou muitos jogos, mas muitos poderia ter ganho. Não foi brilhante, não teve momento de brilhantismo. Em todos times que eu chego tem um momento assim: ganha cinco jogos seguidos, ganha de 6 a 0, o Fluminense ganhou de 10. No Cruzeiro não teve isso. O porquê eu não sei. Foi o único clube que aconteceu. Mas em termos de trabalho, de aquisição de conceito tático, foi um time que evoluiu rapidamente, os jogadores melhoraram. Tem o trabalho. O cara tem que gostar do trabalho que tem que fazer ganhar, não só ganhar. Precisamos ouvir a torcida, entender e trabalhar para entregar. Não é ser comandado pelo que vem de fora, senão muda toda hora. Na final da Sul-Americana eu tinha aprovação de quase 100% da torcida. Passou um mês e era ao contrário”, finalizou.
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