Flamengo

José Boto faz cobrança por mudança no futebol brasileiro

A discussão sobre a implementação do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro voltou a ganhar força após críticas feitas por José Boto, diretor técnico do Flamengo. O dirigente destacou a desigualdade que existe entre clubes que honram seus compromissos e outros que seguem contratando jogadores mesmo tendo débitos pendentes.

“Por aquilo que percebo, não existe um fair play financeiro. Temos alguns clubes que nos devem dinheiro e não pagam. Isso na Europa é impossível, pois fazíamos queixa na Uefa e havia transfer ban depois de 3 meses. Tem que se pensar isso no Brasil. Não se pode concorrer com concorrência desleal”, afirmou Boto.

O diretor defendeu que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Ministério do Esporte estudem punições para clubes que não honram seus compromissos financeiros. “Em qualquer área da sociedade, a concorrência não é saudável quando existem essas diferenças. É algo que a CBF tem que pensar, de punir quem não paga”, completou.

Boto ressaltou que o Flamengo é um clube que cumpre rigorosamente com suas obrigações salariais e fiscais, o que, segundo ele, não é a realidade de algumas agremiações do futebol nacional. Esse cenário, conforme sua análise, gera um ambiente competitivo desleal.

A cobrança por um sistema de controle financeiro se soma aos debates que clubes brasileiros já iniciaram em reuniões recentes da Comissão Nacional de Clubes, realizadas na sede da CBF. Dirigentes de equipes como Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Atlético-GO, Flamengo e Palmeiras discutem a adoção de regras para limitar gastos e controlar dívidas.

Enquanto o sistema avança na Europa, com punições que incluem perda de pontos e proibição de inscrição de novos atletas, o Brasil ainda não possui um regulamento formal para garantir a responsabilidade financeira dos clubes. José Boto, aliás, destacou que esse tipo de regulação fortaleceu as principais ligas europeias e poderia contribuir para o crescimento da Série A nacional.

“A liga brasileira é muito competitiva. Temos sete clubes que podem disputar o título, com torcidas apaixonadas e um espetáculo vendável para o mundo. Agora, precisa haver seriedade financeira. Não é justo concorrer contra quem não paga seus atletas e segue contratando”, finalizou o dirigente.

Paula Silva

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