Jorge Jesus é sincero ao falar sobre Cristiano Ronaldo

O empenho de Cristiano Ronaldo em manter-se no mais alto nível de futebol, paralelamente ao compromisso com seu condicionamento físico aos 40 anos, tem servido de referência para Jorge Jesus em suas preleções aos mais jovens. Aliás, não só aos seus jogadores, mas também àqueles que marcaram presença no fórum da Associação Nacional de Treinadores de Futebol.

O Mister, como é carinhosamente chamado, enalteceu a aplicação de seu conterrâneo dentro e fora das quatro linhas mesmo em “idade avançada” para o futebol. Para ele, a marca dos 1000 gols, que ainda pode ser atingida por CR7, seria a coroação da carreira de um personagem exemplar.

“Não sei se chega (1000 gols), mas gostava que isso acontecesse, porque o Ronaldo é um exemplo, com 40 anos. Eu vejo um jovem jogador, por aquilo que ele desempenha no jogo, e, sinceramente, não sei até quando é que ele vai continuar, porque ele é 100% profissional. Eu dou o exemplo dele muitas vezes aos jogadores, o que ele faz para ter uma carreira mais prolongada. Cuida-se como nenhum jogador do mundo”, declarou.

A falta de sorte com Neymar

Evidentemente que a relação com Neymar Júnior não passou batido das pautas do técnico. Jesus descreveu o breve – e pouco proveitoso – ciclo como uma falta de sorte de ambos lados. Contido, apesar da pouca troca dentro de campo, JJ ainda se refere ao brasileiro como “melhor jogador com quem trabalhou”.

“Não tive sorte. Nem eu, nem ele. O Neymar esteve quinze meses lesionado quando trabalhou comigo. O Neymar é um craque, foi o melhor jogador com quem trabalhei até hoje. Agora, precisa de tempo para recuperar o que ele é, temos de lhe dar tempo e eu penso que na próxima convocação da seleção do Brasil, ele vai estar”, apostou.

Semanas após a oficialização da saída de Neymar do Al-Hilal, Jorge Jesus reconheceu que o astro brasileiro deixou a Arábia Saudita chateado – especialmente com ele. O Mister optou por não relacionar o atacante para segunda metade do Campeonato Saudita, mesmo após a recuperação da grave lesão, e justificou a decisão pela “falta de condições físicas” do jogador, alegando que o mesmo não tinha condições de acompanhar o grupo.

Neymar, então, retornou ao Santos para retomar ritmo de jogo e ‘fazer as pazes’ com o futebol, após longo tempo de inatividade. O astro teve lampejos de boas atuações, mas se lesionou novamente após uma sequência de sete jogos – nem todos completos – pelo Peixe.