Cruzeiro

Cruzeiro ofereceu proposta com o dobro de salário, mas ele não aceitou assinar

A permanência de William Batista no América foi marcada por uma escolha pessoal que surpreendeu parte do cenário esportivo mineiro. Em 2021, ainda como técnico da equipe sub-20 do Coelho, ele recusou uma proposta financeira significativamente superior do Cruzeiro, que oferecia o dobro do salário em relação ao que recebia no clube alviverde.

A decisão foi tomada após um episódio inusitado, que ocorreu durante um amistoso contra o Ibrachina. A partida, realizada no Sesc Venda Nova, terminou com uma confusão generalizada entre jogadores e membros das comissões técnicas. Durante a briga, William foi atingido com três socos no rosto pelo preparador de goleiros do time adversário. “Entrei no meio para separar e acabei apanhando. Tomei três socos na cara”, revelou o treinador em entrevista recente.

Segundo ele, o episódio acabou servindo como um sinal para a decisão que estava prestes a tomar. “Falei com Deus para me mostrar se eu deveria sair do América. No dia seguinte, aconteceu isso”, afirmou. Ainda com o rosto machucado e abalado pela agressão, William voltou ao CT do América e foi recebido com carinho por funcionários do clube, como porteiros e cozinheiros. O gesto de acolhimento teve impacto direto na sua escolha.

“Mesmo com a proposta na cabeça, quando me lembrei da entrevista que fiz no América dizendo que queria desfrutar do clube, percebi que minha decisão estava tomada”, contou. William então marcou uma reunião com o representante do Cruzeiro e, debaixo de chuva, explicou pessoalmente que não aceitaria a proposta. “Pedi perdão por não aceitar”, completou.

Posteriormente, o treinador assumiu o comando da equipe principal do América e renovou seu vínculo após ser emprestado pelo Nova Iguaçu. Ele se reapresenta ao clube após o fim da Data Fifa. No estadual deste ano, o Coelho venceu o Cruzeiro nas semifinais do Campeonato Mineiro, após dois empates por 1 a 1 e triunfo nos pênaltis. Na decisão, entretanto, foi superado pelo Atlético e ficou com o vice.

A trajetória de William Batista no América, portanto, é marcada por decisões baseadas em convicções pessoais e laços emocionais com o clube. Sua história é vista como exemplo de fidelidade em um cenário frequentemente dominado por interesses financeiros.

Paula Mattos

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