Brasil

Presidente da Conmebol rebate a CBF

O presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, respondeu um comunicado enviado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que exigia que a entidade adotasse medidas mais graves contra casos de racismo. Na resposta, o dirigente afirmou que Ednaldo Rodrigues se opôs ao aumento dos valores cobrados como punição aos infratores.

“Com relação à proposta reiterada pela CBF quanto a modificação do Estatuto e do Código Disciplinar, vale respeitosamente lembrar que foi a própria CBF quem, na ocasião, foi contra o aumento dos valores de punições”, diz parte do ofício da Conmebol à CBF.

A briga entre as confederações começou depois que a CBF retirou o apoio a uma carta em conjunto que apoiava as ações da Conmebol em casos de racismo. 

“A CBF discorda veementemente da atuação da CONMEBOL nos casos de racismos e muito menos que a entidade esteja em conformidade com as medidas mais rigorosas implementadas nas mais importantes Ligas, Confederações e FIFA, uma vez que não somente não foi adotado o Protocolo Anti-Racismo determinado pela FIFA na partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, valida pela Conmebol Libertadores Sub20, na qual os atletas brasileiros Luighi e Figueiredo foram vítimas do crime de racismo, como também foi aplicada uma sanção inócua, ineficaz e insuficiente diante da gravidade do evento, dos danos irreparáveis causados aos atletas e a reincidência do clube paraguaio”, afirmou.

O caso citado pela CBF está relacionado às ofensas racistas que Luighi e Figueiredo, atletas do Palmeiras, sofreram durante uma partida da Copa Libertadores da América Sub-20 contra o Cerro Porteño, em San Lorenzo, no Paraguai.

“A Conmebol adote o protocolo antirracismo global da FIFA em suas competições, Libertadores e Sudamericana, aplicando punições contundentes na eventualidade de novos crimes de racismo acontecerem”, solicitou.

Em contrapartida, a Conmebol respondeu que já adota medidas estritamente graves contra casos de racismo e que elas ultrapassam as impostas por outras federações do mundo. 

“As sanções econômicas aplicadas por esta Confederação excedem, em muitos casos, as impostas em outras jurisdições. Conforme aprovado pelo Conselho, estes valores são utilizados para ações de responsabilidade social, sendo este ano investidos numa plataforma educativa sobre direitos humanos, especialmente para combater a discriminação e o racismo”, diz a Conmebol.

Marco Menezes

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