Brasil

A declaração de Marcos Assunção sobre o novo técnico do Brasil

O ex-volante Marcos Assunção não poupou críticas à Confederação Brasileira de Futebol ao comentar a atual fase da Seleção Brasileira. Durante entrevista concedida à rádio CBN Prudente, o ex-jogador apontou falhas graves no planejamento da entidade, que segundo ele, afetam diretamente o desempenho do time principal. “O problema não é o treinador, é a CBF”, declarou, ao criticar a instabilidade e a falta de autonomia concedida aos técnicos.

Assunção, que integrou o grupo da Seleção durante o ciclo para a Copa do Mundo de 2002, acredita que a CBF não proporciona o ambiente necessário para que o trabalho seja desenvolvido com consistência. Ele destacou que o rodízio de treinadores ao longo dos últimos anos é reflexo dessa instabilidade. Conforme afirmou, diversos técnicos vitoriosos no futebol nacional não conseguiram resultados expressivos com a camisa da Seleção, o que reforçaria seu argumento.

Sobre a busca por um novo comandante, o ex-jogador se mostrou cauteloso quanto à possibilidade da chegada de técnicos estrangeiros. Jorge Jesus, Carlo Ancelotti, Abel Ferreira e José Mourinho estão entre os nomes especulados. “O treinador europeu é muito sério, não vai se submeter ao que acontece na CBF”, opinou, destacando que profissionais desse perfil exigem autonomia total para comandar.

Além das críticas à entidade, Marcos Assunção também refletiu sobre o momento técnico da Seleção. Na avaliação dele, o futebol brasileiro perdeu características marcantes que fizeram história, como a criatividade, o drible e a ousadia. “Nosso futebol está robotizado”, lamentou, ao citar a ausência de atletas com perfil semelhante ao de nomes como Ronaldinho, Ronaldo, Rivaldo e Denílson.

A crítica, entretanto, não se restringiu aos bastidores e ao campo. Assunção também apontou uma desconexão entre os atuais jogadores e o significado de representar o Brasil. Para ele, falta à atual geração uma mentalidade coletiva vencedora, capaz de transformar bons desempenhos individuais em atuações convincentes em grupo.

Por fim, o ex-volante fez questão de destacar a ausência de ex-jogadores campeões do mundo em cargos de comando dentro da CBF. Citou como exemplo a tentativa recente de Ronaldo Fenômeno de se inserir na política da entidade, iniciativa que teria sido ignorada pela maioria das federações estaduais. “Temos mais de 60 campeões do mundo e nenhum está na CBF”, criticou, lamentando o distanciamento entre o passado vitorioso da Seleção e a atual gestão da entidade.

Matheus Felipe

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