Cruzeiro

Ele deixou o Cruzeiro e agora tornou-se referencia no exterior

Aos 33 anos, o lateral-esquerdo Gabriel Araújo encontrou em Honduras o reconhecimento que não havia tido no futebol brasileiro. Revelado pelas categorias de base do Cruzeiro, o jogador rodou por 13 clubes em 12 anos até estabelecer-se no Olimpia, equipe mais tradicional do país. Desde 2022, ele defende o clube hondurenho e já soma mais de 70 partidas disputadas, sendo atualmente um dos principais nomes do elenco.

Conforme relatado pelo próprio atleta, o tratamento recebido no país o fez sentir-se valorizado como nunca antes. “Aqui me tratam como um jogador de verdade. Tenho meu nome marcado no clube e me chamam de Araújo dos gols importantes”, declarou. Em 2022, ele marcou o gol do título da Concacaf League, em cobrança de falta nos minutos finais contra o Alajuelense, da Costa Rica, em um dos momentos mais marcantes da sua trajetória.

Apesar de ter iniciado a carreira como volante, Gabriel se destacou como lateral-esquerdo ainda nas divisões de base da Raposa. Sua passagem pelo time principal do Cruzeiro, entretanto, foi curta. Em 2011, participou de apenas cinco jogos, ano em que o clube lutava contra o rebaixamento. “Recusei uma proposta do Grêmio na época por confiar que daria certo no Cruzeiro. Me arrependo disso até hoje”, confessou.

Atualmente, Gabriel vive com gratidão pelo que conquistou no futebol, embora reconheça os desafios da profissão. Recentemente, comprou seu primeiro imóvel e ajudou a família, o que representa um marco pessoal importante. Ainda assim, a saudade do filho, que mora em Recife, e dos pais, em Salvador, é constante. “Penso em voltar, mas preciso garantir o bem-estar deles”, afirmou.

Um dos momentos mais especiais de sua carreira aconteceu em fevereiro, quando enfrentou Messi, Suárez e Busquets em um amistoso entre Olimpia e Inter Miami. “Foi um sonho. Quando soube que seria titular, nem consegui prestar atenção no resto das instruções. Só queria aproveitar”, contou, emocionado, ao lembrar do duelo.

Apesar das dificuldades enfrentadas fora dos grandes centros do futebol mundial, Gabriel demonstra orgulho por sua trajetória. “Nem todo jogador realiza o sonho da seleção ou de clubes europeus. Mas manter uma carreira digna, com respeito e reconhecimento, já é uma grande vitória”, concluiu.

Paula Mattos

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