Marlon Freitas em ação pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
A proximidade do reencontro entre Botafogo e Atlético-MG neste domingo (20), às 16h, no Mineirão, trouxe à tona lembranças marcantes para Marlon Freitas. O volante alvinegro resgatou momentos cruciais da final da Libertadores de 2024, disputada no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, quando o Glorioso sagrou-se campeão continental em um jogo carregado de emoção e superação.
Logo no primeiro minuto daquela decisão, o volante Gregore foi expulso. A situação desfavorável, aliás, exigiu uma reação imediata do elenco. Coube a Marlon, capitão da equipe, reunir os companheiros para um discurso que se tornou símbolo da conquista.
“Foi uma fatalidade, Gregore é um cara muito importante para a nossa equipe. Se entrega 200%, é muito fácil jogar do lado dele. Como pessoa, como jogador, é um cara que dispensa comentários”, afirmou. Em seguida, completou: “Naquela infelicidade, lembro que chamei os jogadores e falei que tudo era muito difícil para o Botafogo. Foi um momento em que falei que íamos correr por ele, pela nossa família, pelos torcedores.”
O Botafogo havia enfrentado adversários campeões da Libertadores desde as oitavas de final até a decisão. Ainda assim, conforme destacou Marlon, o grupo manteve a confiança e transformou o cenário adverso em motivação.
“Era um momento único, não sabíamos se teríamos outra oportunidade. Todo mundo comprou a ideia, e a gente correu”, reforçou.
Mesmo com um a menos desde o início, o Botafogo superou o Atlético-MG por 3 a 1, com gols de Luiz Henrique, Alex Telles e Júnior Santos, e levantou a taça pela primeira vez em sua história. A conquista teve impacto significativo na trajetória de Marlon Freitas no clube. Criticado anteriormente, sobretudo pelo episódio da “piscadinha” em derrota para o Palmeiras em 2023, o jogador virou uma das principais lideranças do elenco e passou a ter voz ativa no vestiário.
Sua ascensão foi reconhecida inclusive pela torcida, que o incluiu em um bandeirão ao lado de Luiz Henrique — atualmente no Zenit — como ídolo da história recente do clube. Marlon refletiu sobre a própria trajetória com ênfase na resiliência.
“É se adaptar positivamente às adversidades. Tentar, de alguma forma, tirar lições. Primeiro você tem que saber quem você é, e eu sei quem eu sou. Saber quem você é e as pessoas que acreditam e estão contigo é meio caminho andado”, disse.
Segundo ele, lidar com os altos e baixos é parte do cotidiano, seja no futebol ou fora dele. “Todos os dias a gente enfrenta dificuldades, sejam familiares ou na nossa profissão. Temos que tirar algo positivo. Trabalho muito a parte mental, não adianta estar bem fisicamente se a cabeça não estiver”, declarou.
A nova partida contra o Atlético-MG, embora distante das proporções históricas da final, ainda guarda peso simbólico para o volante.
“Jogo marcante, um momento especial que guardamos com muito carinho. Primeiro título na história do clube, toda uma situação desfavorável até então. Sempre que eu jogar contra o Atlético-MG, vou ter essa lembrança”, afirmou.
Para o compromisso no Campeonato Brasileiro, o técnico Renato Paiva deve manter a base da equipe que empatou com o São Paulo por 2 a 2. A única dúvida está na lateral esquerda, entre Alex Telles e Cuiabano. Este último teve boa atuação na rodada anterior e disputa posição com o experiente Telles, que perdeu espaço recentemente.
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